Segundo afirmou o ministro português das Obras Públicas, Mário Lino, a América Latina é uma via para a internacionalização que as empresas do setor da construção devem considerar, destacando que esta região deverá ser menos afetada pela crise.
Lino afirmou que há "muitas oportunidades por explorar, ao nível da construção", neste continente, pelo que "existe interesse em olhar com bastante atenção para esta zona do globo".
"Sendo a América Latina uma das zonas do mundo que menor redução do crescimento econômico deverá sofrer no ciclo econômico que atravessamos, é certamente uma via de internacionalização a considerar para muitas empresas nacionais do setor da construção que estejam com dificuldades de expansão nos seus mercados tradicionais", afirmou Lino.
Além disso, ele destacou as "afinidades culturais" com os países da América Latina que fazem com que seja "um mercado natural para qualquer empresa portuguesa que procure novos espaços de afirmação competitiva".
Lino disse também que o peso que os países latino-americanos representam no volume de negócios das empresas portuguesas no plano internacional caiu 14,5% nos últimos cinco anos.
De acordo com ele, esta quebra sugere, "à primeira vista, uma menor atenção a estes mercados em detrimento de outras oportunidades que atualmente poderão encontrar-se ultrapassadas", o que considerou ser "contraditório" em relação ao potencial de crescimento dos países da região.
O ministro luso afirmou que existem atualmente cerca de 20 empresas portuguesas de construção e obras públicas com atividade na América Latina, sendo o Brasil, a Venezuela, a Costa Rica e o Peru os países onde é mais significativa a presença das companhias lusas.
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