“Existem razões para temer uma nova crise tão grave como a de 2008”, diz economista

Paulo Nogueira Batista Júnior destaca em entrevista à Rádio ONU, que ameaça de crise está mudando a economia mundial e que o papel de países emergentes é crescente no plano internacional.

Por Paulo Nogueira Batista Jr e Yara Costa
Rádio ONU em NY

O diretor executivo para o Brasil e mais oito países da América Latina e do Caribe no Fundo Monetário Internacional, FMI, Paulo Nogueira Batista Júnior, disse que a ameça de uma nova crise na economia mundial é iminente.

Em entrevista à Rádio ONU, de Florianópolis, falando a título pessoal, Batista Júnior disse que as áreas econômicas dos EUA e da Europa respondem por 40% do PIB mundial. Por isso, um agravamento simultâneo nas regiões terá repercussão por todo o mundo.

Encontro

“É uma grande decepção para o mundo inteiro verificar que os EUA, de um lado, e a Europa do outro, não foram capazes de tomar providências para sair da crise e enfrentar as debilidades que levaram à crise de 2008. São as duas potências econômicas principais e elas fracassaram nesse propósito fundamental para estabilidade delas e da economia mundial”, disse.

Após um encontro em Paris, a chanceler alemã Angela Merkel e o presidente francês, Nicolas Sarkozy pediram uma “verdadeira governança econômica” e uma maior proximidade da política fiscal e econômica na zona do euro.

Brasil

O economista ressaltou que países emergentes e em desenvolvimento, como o Brasil, que não foram tão lesados pela crise de 2008, podem agora não permanecer imunes.

Paulo Nogueira Batista Júnior lembrou que as altas taxas de juros praticadas pelo Brasil e as reservas no Banco Central são instrumentos fortes para enfrentar uma nova crise.

Para o economista, há fortes indícios de que “o mundo vai mudar o mais rápido do que se imaginava” e que o papel de países de economias emergentes é crescente no plano internacional.

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