Universidade norte-americana abre pós-graduação em estudos portugueses

Da Redação
Com Lusa

logo_bandeira-PortugalA Universidade de Lesley, em Cambridge, nos Estados Unidos, e a Universidade Aberta abrem em Março do próximo ano a primeira pós-graduação internacional em Estudos Portugueses Globais.

As candidaturas para o programa estão abertas até ao dia 20 de janeiro e existem 20 vagas disponíveis, garantiu a diretora do curso, Maria de Lourdes Serpa. A responsável explicou que o programa foi criado “em reconhecimento do interesse crescente na herança portuguesa nos Estados Unidos.”

“Os estudantes e profissionais interessados em lidar com a herança portuguesa ficarão melhor preparados para interagir e comunicar com as várias comunidades de falantes de Português nos estados unidos e no mundo”, disse.

O curso está orientado para descendentes de portugueses que queiram recuperar a ligação com as suas origens, ganhar qualificações por razões pessoais ou profissionais e para educadores de estudos portugueses de várias áreas.

A pós-graduação será lecionada em inglês, tem a duração de um ano e funciona com um sistema duplo de créditos: 15 créditos americanos e 25 créditos europeus, que são reconhecidos em todo o espaço da União Europeia e poderão ser usados para progressão para mestrado.

A maioria das aulas são pela Internet, com apenas duas semanas de aulas presenciais em Massachusetts, e serão lecionadas por professores que já pertencem aos quadros da Universidade Aberta e da Universidade de Lesley.

O curso engloba várias áreas de estudos, como humanidades, história, política, literatura, arte e educação.

“Teremos, por exemplo, uma cadeira que se focará no contributo dos portugueses e luso-descendentes nos Estados Unidos e no mundo, que é algo completamente original, que nunca foi feito antes”, explica Maria de Lourdes Serpa.

A professora explica que a ideia para esta cadeira surgiu “há muitos anos, quando ficou evidente que os descendentes de portugueses tinham cada vez menos orgulho nas suas origens.”

Maria de Lourdes Serpa defende que “é preciso valorizar o ensino do português no meio americano, seguindo o exemplo do francês e do espanhol.”

“Temos muito a aprender com outros países e a forma como fazem o marketing da sua língua, com uma presença permanente nas escolas e instituições. Pela minha experiência, se fizermos bom marketing, há sempre pessoas interessadas em aprender”, diz.

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