Professor de SP é indicado para Centro Lusófono de São Petersburgo

Adelto Gonçalves fará trabalho de divulgação das atividades da instituição universitária russa em todos os países de língua oficial portuguesa.

Da Redação

O professor Adelto Gonçalves (C), com sua esposa Marilize, e o professor Vadim Kopyl em São Petersburgo.

O jornalista e escritor Adelto Gonçalves, professor de Língua Portuguesa do curso de Direito da Universidade Paulista (Unip) e de Jornalismo da Faculdade de Artes e Comunicação (FaAC) da Universidade Santa Cecília (Unisanta), de Santos-SP, foi indicado assessor de imprensa e cultural do Centro Lusófono Camões da Universidade Estatal Pedagógica Hertzen, de São Petersburgo, na Rússia. A indicação foi feita pelo diretor do centro, Prof. Dr. Vadim Kopyl, durante visita, no começo de julho, do professor brasileiro a São Petersburgo.

“Senti muito interesse pelo Brasil por parte dos estudantes russos de Português e pretendo aproveitar essa oportunidade para tornar o trabalho desenvolvido pelo Centro Lusófono Camões mais conhecido não só em nosso país como em Portugal e nos demais países de língua oficial portuguesa”, disse o professor, que é colaborador do quinzenário As Artes Entre as Letras, do Porto, da revista Vértice, de Lisboa, da Revista Forma Breve, da Universidade de Aveiro, do Jornal Opção, de Goiânia, A Tarde, de Salvador, e outros jornais, revistas e sites brasileiros e portugueses.

“Quero aproveitar também minhas ligações com o mundo cultural de Moçambique, Angola e demais países de língua portuguesa para levar notícias sobre as atividades do Centro Lusófono Camões, intensificando as nossas relações culturais com a Rússia”, disse.

Para o diretor do Centro, professor Vadim Kopyl, o professor Adelto Gonçalves é a pessoa certa para fazer esse trabalho. “Temos certeza que o professor Gonçalves dará continuidade ao trabalho que o embaixador Dário Moreira de Castro Alves, nosso antigo sócio-honorário, vinha fazendo em favor da divulgação das atividades do Centro Lusófono Camões no mundo de expressão portuguesa”, disse.

História

As relações do professor Adelto Gonçalves com o Centro Lusófono Camões datam de 2005, quando, por indicação do ex-embaixador do Brasil em Portugal, Dário Moreira de Castro Alves (1927-2010), escreveu prefácio para o livro Contos, de Machado de Assis (1839-1908), publicado em 2006 em edição russo-portuguesa pela instituição com o apoio da Embaixada do Brasil em Moscou.

Doutor em Letras na área de Literatura Portuguesa pela Universidade de São Paulo (USP), Adelto Gonçalves também escreveu, em 2007, prefácio para o livro Contos Escolhidos, de Machado de Assis, publicado igualmente em edição bilíngüe pelo Centro Lusófono Camões e Editora Alexandria, de São Petersburgo, com apoio do Ministério das Relações Exteriores do Brasil e da Embaixada brasileira em Moscou. Os dois livros foram traduzidos para o russo pelo Centro Lusófono Camões.

Durante sua visita a São Petersburgo, o professor Adelto Gonçalves foi também recebido no apartamento-museu de Dostoievski pelo vice-diretor e responsável pelo setor científico do Museu, Boris Tikhomirov, ocasião em que fez a entrega à instituição de dois exemplares dos livros de Machado de Assis publicados pelo Centro Lusófono Camões e de um exemplar da mais recente edição brasileira de Gente Pobre, primeiro livro do maior romancista russo de todos os tempos.

Ao Centro Lusófono Camões, o professor brasileiro entregou um exemplar de seu livro Bocage: o Perfil Perdido, publicado em 2003 pela Editorial Caminho, de Lisboa, seu trabalho de pós-doutorado desenvolvido em Portugal em 1999-2000 com bolsa da Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo (Fapesp), além de repassar quatro exemplares de Gente Pobre (Biédnie Liúdi), de Fiodor Dostoievski (1821-1881), publicado em março de 2011 pela Associação Cultural Letra Selvagem, de Taubaté-SP.

Fundado em 1999, o Centro Lusófono Camões começa o ano, em média, com 15 estudantes russos de Português. Os estudantes entram no nível 0, passando para o nível médio, chegando ao nível superior. Em média, formam-se de sete a oito alunos por ano. O Centro já obteve a introdução do Português como língua facultativa numa escola secundária de São Petersburgo, o que significa um potencial alargamento da lista de frequentadores da instituição em futuro próximo. Seus professores têm participado de conferências internacionais na Europa.

Desde a sua fundação, o Centro já publicou outros livros, como o Guia de Conversação Russo-Portuguesa Contemporânea, Poesia Portuguesa Contemporânea (2004), que reúne poemas de 26 poetas portugueses, e Vou-me embora de mim (2007), do poeta português Joaquim Pessoa. A Universidade de Coimbra, a Biblioteca Nacional de Lisboa, o Instituto Camões e a Fundação Calouste Gulbenkian são algumas das instituições culturais portuguesas que também têm cooperado com o trabalho dos russos.

1 Comment

  1. Gostei muito de conhecer o trabalho do Instituto Lusófono.Sou professor aposentado da UFSC,Universidade Federal de Santa Catarina e tenho interesse e necessidade de conhecer mais e saber sobre a cultura Russa. Apesar de ter nascido numa região de imigração majoritaria Italiana.Desde pequeno ouvi as pessoas falarem de alguns imigrantes Russos que na época tinham também imigrado para Orleans,SC.Como aposentado da UFSC venho me dedicando a colaborar para o desenvolvimento e consolidação da Universidade Barriga Verde de Orleans, onde procurei implantar o Centro de Cultura de Linguas estrangeiras voltado às etnias imigrantes do Estado de Santa Catarina.
    Num pequeno estudo previo descobri que na época das grandes imigrações para o Brasil.tambem tivemos de uma forma mais restrita a chegada de um pequeno grupo da Russia que se instalaram na cidade de Rio dos Cedros no vale do Itajaí mas pelo pequeno numero de imigrantes acabaram se diluindo nas outras etnias.Orleans no sul de Santa Catarina acabou se tornando um laboratorio genético,e eu mesmo mke considero um produto deste laboratorio ja que sou uma mistura de imigrantes alemães,portugueses e italianos.Existe algo em mim que me remete fortemente às estepes Russas com ansiedade para conhecer mais da fenomenal cultura Russa. e ao tomar conhecimento do Instituto seus objetivos e publicações me vejo cada vez mais motivado a seguir neste trabalho de escrever e documentar melhor esta parte de nossa história pouco conhecida e pouco divulgada no estado de SC.Então expresso neste meu primeiro contato minhas felicitações pelo trabalho realizado e peço ajuda para me corresponder com algum aluno(a) do Instituto para um melhor aprofundamento desse conhecimento Ao mesmo tempo de inserir Santa Catarina e nossas instituições de ensino no roteiro para recepção de alunos Russos.Eu ja fui bolsista da JICA e por algum tempo fiquei responsavel por receber Japoneses que vinham para o Brasil para trabalhar em empresas Japonesas. Santa Catarina vem realizando muitos negocios com a Russa no setor alimenticio e ja existe até um plano para a criação de uma ligação aérea entre a Russia e Florianópolis e Moscow.Aguardo então noticias de alguem interessado nesta minha história.Saudações Luiz Henrique Westphal Verani.

Deixe uma resposta

%d blogueiros gostam disto: