Prêmio Portugal Telecom 2007 anuncia ganhadores em outubro

 

Da Redação Mundo Lusíada

A organização do 5º Prêmio Portugal Telecom de Literatura, destinado aos autores de língua portuguesa, já indicou os dez escritores finalistas desta edição 2007.

O português Gonçalo M. Tavares é um deles, um dos melhores da língua portuguesa, pela obra “Jerusalém” publicado no Brasil pela Companhia das Letras. A sua obra já ganhou o Prêmio Saramago. Outra escolhida entre 51 autores, é a gaúcha Cíntia Moscovich, que concorre com o livro “Por que Sou Gorda, Mamãe?”. O livro traz um drama enfrentado por garotos e garotas obrigados desde cedo a enfrentar dietas rigorosas.

Ainda, o moçambicano Mia Couto também está entre os finalistas, autor de uma obra considerada uma das melhores africanas do século XX (Terra Sonâmbula). Mas a sua indicação refere-se ao livro “O Outro Pé da Sereia” que ganhou recentemente o Prêmio Passo Fundo Zaffari & Bourbon de Literatura. Os cem mil reais em prêmio foram disputados por 214 obras em língua portuguesa dos últimos 2 anos.

O anúncio dos vencedores acontece dia 16 de outubro, e receberão o prêmio de R$ 100 mil, R$ 35 mil (segundo colocado) e R$ 15 mil (terceiro colocado), além de um troféu desenhado pelo artista plástico Paulo von Poser.

Este ano, foram 382 inscrições, sendo que o regulamento exige que 20% dos finalistas (dois livros) sejam publicados no exterior. O Prêmio Portugal Telecom é concedido aos melhores livros do ano, não levando em consideração o renome dos autores.

As outras obras sendo analisadas por um júri de 15 críticos e escritores, segundo divulgou o Estadão, são: Bom Dia Camaradas (Agir), do angolano Ondjaki; Cantigas do Falso Alfonso el Sábio (Ateliê), de Affonso Ávila; História Natural da Ditadura (Iluminuras), de Teixeira Coelho; Macho não Ganha Flor (Record), de Dalton Trevisan; O Paraíso é Bem Bacana (Companhia das Letras), de André Sant’Anna; O Roubo do Silêncio (Editora 7 Letras), de Marcos Siscar; e O Segundo Tempo (Companhia das Letras), de Michel Laub.

Entre os brasileiros estão Affonso Ávila, nascido em Belo Horizonte em 1928. Além de poeta, é ensaísta e crítico literário, especialista no barroco mineiro, fundador da revista Tendência e no final dos anos 60 da revista Barroco, que dirige até hoje; ainda, o professor de Teoria da Comunicação da Escola de Comunicação e Artes, da Universidade de São Paulo (USP) Teixeira Coelho. Nascido em São Paulo, em 1944, é ensaísta e romancista; e o curitibano Dalton Trevisan que entre 1946 e 1948 editou a revista Joaquim – porta-voz de uma geração de escritores, críticos e poetas nacionais.

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