Da Redação
A Fundação Nacional de Artes – Funarte e o Camões Instituto da Cooperação e da Língua Portuguesa resolveram não atribuir o 7º Prêmio Luso Brasileiro de Dramaturgia Antônio José da Silva – ano 2013.
A organização havia divulgado no início do mês que a peça Luiz Gama ou O Diabo Coxo, de Gabriela Coelho Rabelo Amadeu (Brasil), foi a obra selecionada. O texto concorreu com outros três finalistas de autores brasileiros e com os quatro finalistas portugueses.
Mas segundo a Funarte, foi infringido o item 2.5 do edital, que diz que os textos não poderão ser divulgados, total ou parcialmente, até a data da publicação do resultado final da seleção.
O comunicado ainda trouxe os links publicados na internet comprovando que houve leitura pública do texto, durante o período que antecedeu a reunião conjunta dos jurados brasileiros e portugueses, quando foi escolhido o texto da brasileira.
“Considerando os termos do protocolo de parceria, celebrado entre a Funarte, representante da República Federativa do Brasil e o Camões Instituto da Cooperação e da Língua Portuguesa, representante da Republica de Portugal, em 12/08/2011, as referidas partes resolvem, em comum acordo, não atribuir neste ano de 2013, o 7º Prêmio Luso Brasileiro de Dramaturgia- Antonio José da Silva”.
A menção honrosa atribuída ao texto Quando a Noite Cai, do autor português Luís Miguel da Silva Lopes, também foi retirada, pela mesma violação do regulamento: “incorreu na mesma infração citada em relação ao texto brasileiro” traz o comunicado.
Nesta 7ª edição integraram o júri português os seguintes elementos: o ator João Saraiva das Neves, do Teatro Nacional D. Maria II, o professor e encenador João Brites, do Teatro O Bando, e a investigadora Ana Rita Martins, do Centro de Estudos de Teatro da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Os links divulgados pela organização que comprovam a divulgação dos textos antes da premiação são estes:
•https://www.facebook.com/photo.php?fbid=4685610743353&set=a.4685662864656.1073741825.1386448731&type=1&theater
•https://www.google.com.br/webhp?sourceid=chrome-instant&ie=UTF-8&rct=j#q=Leitura+dram%C3%A1tica+Gabriela+Rabelo+Diabo+Coxo
•http://www.oficinasculturais.org.br/programacao/imprime-programacao.php?idprogramacao=1808
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Esta decisão, na minha humilde opinião, se mostra incoerente e contraditória.
Todas as oito obras finalistas, segundo o regulamento, foram analisadas pelos seus devidos membros da Comissão de Seleção considerando os critérios estabelecidos no item 7.2. do regulamento do concurso e, por terem sido selecionadas, entende-se que todas estas oito obras estavam aptas e tinham o devido mérito para concorrer ao primeiro lugar.
Ora, isso não é justo, de forma alguma! Se cada país selecionou quatro textos para a final, como é que agora resolvem decidir que os outros seis selecionados restantes não estão mais aptos para concorrer ao prêmio?
Me parece que, por culpa de dois candidatos desleais e por culpa de uma falha no conferir se ambos estavam regulares para serem selecionados, os demais candidatos finalistas estão sendo punidos.
Sim, afinal esta decisão severa está a punir e eliminar a todos de igual forma, tanto os desleais quanto os que fielmente seguiram a risca todos os itens do regulamento do Concurso.
Gostaria que esta decisão fosse revista e que os honestos não sejam punidos em razão de atos dos desonestos.
Grato pela atenção!