Peregrinação a Fátima marcada pela guerra e pela urgência na construção da paz

Da Redação com Lusa

O bispo de Viana do Castelo, João Lavrador, considerou neste dia 13, no Santuário de Fátima, que a paz é um dos problemas “mais urgentes da cultura dos nossos tempos”.

“Na verdade, como se nada tivesse mudado, de há um século até hoje, a humanidade continua a viver numa ameaça permanente de guerra, de conflito, de violência e de destruição”, disse o prelado perante os peregrinos presentes no recinto do Santuário da Cova da Iria.

Segundo o bispo de Viana do Castelo, os cristãos têm uma “responsabilidade particular” dos cristãos a serem “arautos e construtores da paz”, numa sociedade em que “o requinte das possibilidades de destruição a que nos levou a tecnologia bélica coloca a humanidade perante a possibilidade da sua autodestruição”.

“Todos somos chamados a edificar a paz. Se a paz exige a participação de todos os homens, os cristãos têm uma responsabilidade particular”, afirmou João Lavrador, citado pela página do Santuário de Fátima na internet.

E o bispo alertou, no entanto, que se “preocupa a paz a nível mundial”, não é menos importante a ação na vida quotidiana.

“Se nos preocupa a paz a nível mundial, não é menos importante reconhecermos e atuarmos nos contextos de vida onde se move a nossa existência, na família, nos vizinhos, nas associações, nas empresas, nas escolas e universidades, na participação política e cívica”, sublinhou.

Na homilia da missa de encerramento da peregrinação de 12 e 13 de julho, João Lavrador implorou ainda a “Nossa Senhora do Rosário de Fátima que abençoe todos os povos fustigados pela guerra, nomeadamente o povo irmão da Ucrânia”, e desperte os cristãos para serem “missionários da Esperança e da alegria”.

Também os bombeiros que combatem os incêndios que afetam o país, nomeadamente bem perto do Santuário, foram lembrados na Oração dos Fiéis, à imagem do que já acontecera na noite de terça-feira, na homilia proferida na celebração da palavra pelo bispo de Viana do Castelo.

Nesta peregrinação, que decorreu sob temperaturas elevadas, participaram, pelo menos, 27 grupos organizados de fiéis, oriundos de países como o Vietname, Espanha, Polônia, Irlanda, Reino Unido, Estados Unidos da América, França, Itália, Alemanha, Costa do Marfim, Brasil, Croácia ou Hungria, além de Portugal.

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