Da Redação com agencias
Na madrugada deste dia 23, morreu o arquiteto Paulo Mendes da Rocha, Prêmio Pritzker em 2006, aos 92 anos em São Paulo, onde estava internado.
A morte do arquiteto, o mais premiado arquiteto brasileiro de sempre, foi confirmada pelo seu filho, Pedro Mendes da Rocha.
Prêmio Pritzker, em 2006, e Leão de Ouro de carreira na Bienal de Arquitetura de Veneza, em 2016, Paulo Mendes da Rocha nasceu em 1928, em Vitória, no estado do Espírito Santo.
Entre as suas mais conhecidas obras estão o Museu Brasileiro de Escultura (1987), o Museu de Arte de Campinas (1989) e o restauro da Estação da Luz, em São Paulo, convertida em Museu da Língua Portuguesa (2006).
O projeto da reforma do Museu da Língua Portuguesa foi entregue a Pedro Mendes da Rocha, que desenvolvera o plano original com seu pai, Paulo Mendes da Rocha (autor ainda do novo edifício do Museu dos Coches, em Lisboa).
Mendes da Rocha também foi o autor do projeto do MuBE (Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia), outro projeto premiado, que ganhou o Prêmio Mies Van der Rohe de arquitetura latino-americana, em 1999 e 2000.
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Acervo no Porto
Em setembro de 2020, o arquiteto brasileiro anunciou a doação do seu acervo à Casa de Arquitetura, em Matosinhos, no distrito do Porto.
Segundo a instituição portuguesa, a entrega envolveu a totalidade do acervo de Paulo Mendes da Rocha e segue-se à doação, em 2015, do projeto do Museu Nacional dos Coches, à Casa da Arquitetura e, em 2018, de um conjunto de outros sete, para a Coleção Arquitetura Brasileira do Centro Português de Arquitetura.
Neste domingo, a Casa da Arquitetura – Centro Português de Arquitetura lamentou a morte do arquiteto brasileiro, primeiro sócio-honorário da instituição.
“Foi com enorme dor e profunda consternação que a Casa da Arquitetura soube do falecimento do arquiteto Paulo Mendes da Rocha, o seu primeiro sócio-honorário, esta manhã, em São Paulo, aos 92 anos de idade”, refere a organização sediada em Matosinhos numa nota enviada à Lusa.
“A Casa da Arquitetura expressa as mais sentidas condolências à família, amigos e colaboradores, solidarizando-se com todos os que, ao longo de décadas, conheceram, trabalham e privaram com tão excecional personalidade”, acrescentou a organização.
A instituição considera Paulo Mendes da Rocha como um “amigo” com quem mantinha “uma relação próxima há muitos anos”, recordando que o arquiteto brasileiro doou o acervo integral do seu trabalho à Casa.
Considerando que “o mundo e a arquitetura ficam irremediavelmente mais pobres”, a Casa da Arquitetura recordou que tem programada para 2023 uma “grande exposição monográfica dedicada a Paulo Mendes da Rocha”.