Governo quer duplicar número de países com português no ensino básico e secundário

Da Redação

O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, anunciou no dia 21 de setembro que o Governo português quer duplicar a breve prazo o número de países com o português como língua internacional de opção no ensino básico e secundário.

“Neste momento, o número de países em que há português como língua estrangeira no ensino básico ou secundário é de 20 e o nosso objetivo é duplicar esse número a breve prazo”, disse Augusto Santos Silva, na apresentação Pública da Rede de Ensino de Português no Estrangeiro (EPE), no Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, em Lisboa.

O Ministro referiu que mais de 300 mil pessoas estudam português em todo o mundo, divididos por 70 mil na Língua de Herança (programa destinado a descendentes de emigrantes e originários de países lusófonos), mais de 150 mil no ensino superior e 100 mil pessoas no ensino de português como língua estrangeira de opção.

Depois de o presidente do instituto Camões, Luís Faro Ramos, ter indicado a perspectiva de aumentar a rede EPE de 75 para 80 países, o Ministro dos Negócios Estrangeiros sublinhou que “a área de ensino do português é absolutamente estratégica”.

Após mencionar a conclusão da estruturação orgânica do Camões, IP Augusto Santos Silva aludiu à “responsabilidade constitucional” da Língua de Herança e revelou a expetativa de aumento de “70 mil alunos”, em vários países espalhados pelo mundo, apesar de identificados “problemas de procura, como em França”.

No ensino superior, o governante sublinhou a “expectativa de ultrapassar-se os 150 mil alunos” e de passar-se de 48 para 51 cátedras.

“O valor do português como língua internacional é crescente”, disse Augusto Santos Silva.

O ministro assinalou ainda a importância do ensino presencial de português, da oferta digital – em breve, o Instituto Camões lançará a plataforma Camões Júnior, para aprendizagem progressiva destinada a jovens de 12 a 17 anos – e da certificação.

O Camões, IP perspectiva alargar a rede atual de ensino em português em 2019 a mais cinco países: Azerbaijão, Camarões, Cazaquistão, Gana e Panamá.

“Crescemos para áreas geográficas estratégicas em África, Ásia Central e América Latina”, disse Luís Faro Ramos, que divulgou os números consolidados da rede em 2017 e as projeções para 2019.

No ensino de português no ensino básico e secundário, o número de alunos em 2017 foi de 68.758, enquanto a projeção para 2019 é de 70.000.

No ensino superior, 100.295 alunos frequentaram cursos de português e a previsão para o próximo ano é de 105.310.

“Há um crescimento contínuo do número de estudantes”, afirmou Luís Faro Ramos, acentuando que também o número de membros do corpo docente.

A apresentação da rede contou também com a presença da Secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Teresa Ribeiro, e do Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro.

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