Fundação Gulbenkian inaugura mostra inédita sobre azulejos em Lisboa

Da Redação

Museu Nacional do Azulejo, Lisboa © Direcção-Geral do Património Cultural/Arquivo de Documentação Fotográfica (DGPC/ADF) – Luísa Oliveira, 2011
Museu Nacional do Azulejo, Lisboa © Direcção-Geral do Património Cultural/Arquivo de Documentação Fotográfica (DGPC/ADF) – Luísa Oliveira, 2011

“O brilho das cidades. A rota do azulejo” será inaugurada em Lisboa no próximo 25 de outubro, com curadoria de Alfonso Pleguezuelo e João Castel-Branco Pereira.

Exposição inédita totalmente dedicada ao azulejo que reúne mais de uma centena de peças produzidas por culturas tão diversas como o Império Otomano, a Pérsia, a Índia, Inglaterra, Espanha, a Itália e a Flandres, a Holanda e Portugal.

Os módulos temáticos abordam questões como o mito da cerâmica dourada, as conquistas da geometria, a importância da heráldica, o valor da mitologia cristã, a estilização da Natureza, e a representação da utopia e do quotidiano.

A exposição compreende cinco núcleos temáticos que juntam obras de variada procedência geográfica e que revelam afinidades nas abordagens no fabrico e uso do azulejo, apesar de diferenças de natureza social, política, religiosa e cultural.

Entre as instituições internacionais que cederam obras para esta mostra estão o Museu do Louvre, o Museu dOrsay, o Museu de Artes Decorativas, o Museu do Quay Branly e o Centro Pompidou, (Paris), o Museu Nacional de Cerâmica (Sèvres), o Museu Nacional da Renascença (Écouen).

Também haverá peças do Instituto Valencia de Don Juan (Madrid), o Museu de Belas Artes (Sevilha), o Museu do Design de Barcelona, e o Museu Nacional de Cerâmica González Martí, (Valência). De Bruxelas estão representados os Museus Reais de Arte e de História, e da Holanda o Museu Municipal da Haia e o Museu Boijmans-van Beuningen, em Roterdão.

Além das peças do Museu Gulbenkian, estarão incluídas obras de outros museus portugueses: Museu Nacional de Machado de Castro, em Coimbra, do Museu Nacional do Azulejo, Museu de Artes Decorativas Portuguesas – Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva, Museu Bordalo Pinheiro e Museu da Cidade (Lisboa).

Também o Museu de Alberto Sampaio, em Guimarães, o Museu de Évora, o Museu de Lamego, o Museu Municipal de Faro, a Coleção Berardo, bem como outras coleções particulares, cederam peças para esta exposição, que mostra o azulejo como parte da identidade nacional.

A exposição fica até 26 de janeiro de 2014 na Fundação Calouste Gulbenkian, e paralelamente acontece um ciclo de conferências por especialistas portugueses e estrangeiros, com entrada livre.

CONFERÊNCIAS

4 de novembro
Particularidades de um quadrado de barro vidrado: o azulejo figurativo em Portugal
Ana Paula Correia (ESAD-Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva / FCSH-Universidade Nova de Lisboa)

11 de novembro
Azulejos Islâmicos
John Carswell (SOAS-School Of Oriental and African Studies, Londres)

18 de novembro
A decoração polícroma no Palácio de Dario em Susa e a história do seu restauro
Béatrice André-Salvini (Departamento De Antiguidades Orientais, Museu do Louvre)

25 de novembro
O Real Alcázar de Sevilha. Casa de Azulejos
Alfonso Pleguezuelo (Universidade de Sevilha)

Deixe uma resposta

%d blogueiros gostam disto: