FESTLIP reúne 17 mil pessoas no Rio de Janeiro

O evento, que reuniu 80 artistas de seis países de língua portuguesa, pretende seguir para outros países no ano que vem.

Da RedaçãoDivulgação

 

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>> Escritor Mia Couto na sua homenagem na abertura oficial. AO LADO >> António Simão em "Uma Solidão Demasiado Ruidosa" – Portugal – Cia. Artistas Unidos (Vencedor Prêmio revelação).

 

 

O FESTLIP – Festival de Teatro da Língua Portuguesa fechou sua segunda edição comemorando o sucesso do evento com números ainda mais expressivos que em seu ano de estréia. Produzido pela Talu Produções e idealizado pela atriz e produtora cultural Tânia Pires, o FESTLIP recebeu ao todo 17 mil pessoas – duas mil a mais que em 2008 – nos teatros do SESC Ginástico, Espaço SESC Arena/Mezanino e SESC Tijuca; Estrela da Lapa e 00 Cozinha Contemporânea, que prestigiaram espetáculos teatrais, oficinas, palestras e shows, todos com entrada franca, além de uma mostra culinária.

Entre os dias 2 e 12 de julho, mais de 80 artistas do Brasil, Angola, Cabo Verde, Moçambique, Portugal e, pela primeira vez, Guiné-Bissau trouxeram ao evento onze companhias de teatro e cinco atrações musicais: “o FESTLIP 2009 já é um marco na agenda cultural do Rio de Janeiro superando as expectativas de crítica e público. A repercussão foi de âmbito internacional, o que mostra a importância cultural do Festival, refletido na cobertura dada pelos países participantes e por toda Europa”, entusiasma-se Tânia Pires, diretora artística da Talu Produções.

Durante a mostra teatral do FESTLIP, foi eleito por voto popular o espetáculo “Uma Solidão Demasiado Ruidosa”, da Cia Teatral Artistas Unidos de Portugal, vencedor do Troféu Revelação deste ano. Encenado e dirigido por António Simão, o monólogo do escritor tcheco Bohumil Hrabal se passa em uma casa escura, velha e cheia de livros, onde vive um homem solitário cuja função é prensar o papel velho numa cave. Depois de estrear no Centro Cultural de Belém, em Portugal, em 1997, retornou aos palcos em 2007 e desde então tem sido apresentado em turnês. “Este troféu representa a diversidade que encontramos nos palcos do FESTLIP. Ele pertence aos 11 grupos participantes e eu o recebo como um representante de todos”, declarou Simão.

Um dos destaques do festival foi o encontro inédito dos diretores brasileiros Enrique Diaz, Amir Haddad e João Carlos Artigos. Em clima descontraído, os três apresentaram e debateram suas formas próprias de trabalho com os 80 atores do festival e mais de 200 espectadores no Espaço SESC.

“Promover a língua portuguesa, em sua diversidade e dinamismo, é tarefa indispensável ao fortalecimento de nossa cultura e à afirmação de nossa visão de mundo”, descreve Marcelo Dantas, Diretor de Relações Internacionais do Ministério da Cultura do Brasil, incentivador direto do projeto.

Próxima EdiçãoE para o ano que vem, os organizadores já planejam ampliar o formato do festival: “O FESTLIP, mais do que nunca, está perto de se tornar um projeto itinerante. Não só pelo Brasil como pelos países que integram o evento. A riqueza do projeto, trazendo a diversidade cultural e promovendo um intercâmbio artístico sem precedentes, fez com que cada um dos participantes levasse daqui uma experiência única em suas carreiras”, conclui Tânia.

Os eventos paralelos também provaram a força do intercâmbio promovido entre os países participantes. O FESTLIPSHOW reuniu mais de mil pessoas no Estrela da Lapa, no dia 4 de julho, quando subiram ao palco músicos dos países participantes. De Cabo Verde, o cantor e compositor Mário Lúcio, parceiro de Paulinho da Viola e Gilberto Gil e músico consagrado na Europa; de Angola, Abel Duerê, cantor angolano já consagrado no Brasil, e o DJ Falcão; e ainda o brasileiro Humberto Araújo.

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