Fadista Carlos do Carmo recebe chave da cidade de Lisboa no adeus aos palcos

Foto: O primeiro-ministro, António Costa, acompanhado pelo Presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina e pela ministra da Cultura, Graça Fonseca, homenageia o fadista Carlos do Carmo no último concerto da sua carreira de mais de 50 anos, “Carlos do Carmo: Obrigado”, no Coliseu de Lisboa, 09 de novembro de 2019. TIAGO PETINGA/LUSA

Da Redação
Com Lusa

O fadista Carlos do Carmo recebeu no sábado a chave da cidade de Lisboa, entregue pelo presidente da câmara, Fernando Medina, uma honra dada habitualmente aos chefes de Estado que visitam Portugal. Carlos do Carmo recebeu a chave da sua cidade em cena aberta, no final do espetáculo com que, no sábado, disse adeus aos palcos, no Coliseu dos Recreios de Lisboa.

Além do socialista Fernando Medina, subiram também ao palco o primeiro-ministro, António Costa, e a ministra da Cultura, Graça Fonseca. Ao espetáculo assistiu também o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

António Costa, usando da palavra, enfatizou que a entrega da medalha de mérito cultural, também feita no sábado ao fadista, demonstra “a confiança pelo muito que poderá fazer pela música e cultura portuguesas”.

Coube também ao primeiro-ministro chamar ao palco a mulher de Carlos do Carmo, sua companheira há 55 anos.

O primeiro-ministro condecorou Carlos do Carmo com a medalha de mérito cultural pelo seu “inestimável contributo” para a música portuguesa. “Num gesto simultâneo de agradecimento e de reconhecimento pelo inestimável trabalho de uma vida dedicada à divulgação do Fado e da música portuguesa, difundindo em Portugal e no estrangeiro a cultura e a língua portuguesas, ao longo de mais de cinquenta anos, entende o Governo Português prestar pública homenagem a Carlos do Carmo, concedendo-lhe a medalha de mérito cultural”, lê-se no texto biográfico impresso no diploma que acompanhou a medalha de mérito cultural.

Carlos do Carmo foi agraciado com o Grau de Comendador da Ordem do Infante Dom Henrique a 04 de setembro de 1997, pelo então Presidente da República, Jorge Sampaio, e com o Grau de Grande Oficial da Ordem do Mérito a 28 de novembro de 2016, pelo atual chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa.

António Costa sustenta depois que foi com militância que Carlos do Carmo “libertou o fado do estigma de símbolo da ditadura e o renovou no Portugal de abril”.

O Coliseu dos Recreios esteve esgotado para aplaudir de pé o fadista de 80 anos, e cerca de 60 de carreira, que em palco fez uma retrospetiva da carreira. O espetáculo abriu com “Vim para o fado”, passou em revista poetas, músicos, muitos amigos e os prêmios que recebeu e encerrou com um ‘encore’ de “Lisboa menina e moça”, aplaudido de pé.

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