Estudantes de Colégio Militar do Brasil visitam as Nações Unidas

Da Redação

Jovens em seus uniformes vermelhos e brancos, estiveram entre os visitantes das Nações Unidas, em Nova Iorque. O grupo de 13 alunos é uma seleção de diversas escolas do Sistema do Colégio Militar do Brasil.

Com idades que variam entre 16 e 18 anos, os integrantes foram selecionados entre os melhores alunos dessas instituições. A visita guiada ofereceu detalhes de como funcionam órgãos importantes como o Conselho de Segurança

Júlia Bassan faz parte do grupo e percorre o “tour” com curiosidade. Ela fala de um cenário que tem tudo a ver com sua paixão pelas relações internacionais. “A possibilidade de fazer acordos para diminuir os conflitos e as desigualdades no mundo é o que me encanta. E participar nesse passeio nas Nações Unidas.”

Os alunos acreditam que esta visita pode ser determinante para suas carreiras. Com outros estudantes de 40 países, eles também participarão da Harvard Model United Nations, Modelo das Nações Unidas de Harvard, na tradução em português.

O evento, que começa nesta quinta-feira na renomada universidade americana, promove a simulação das relações internacionais que acontecem na organização.

Mundo Real
Até domingo, mais de 3 mil alunos de ensino médio irão interagir em sessões de debates que incluirão representantes das Nações Unidas e de outros setores.

Os alunos brasileiros contam que já fazem este tipo de simulação durante as aulas do dia a dia. Agora, tiveram a chance de ver, no mundo real, o que aprenderam nos livros.

Para o aluno Pedro Nascimento, a grande atração, é o contato pessoal com o centro da diplomacia no mundo e a possibilidade de troca de experiências

“É o meu último ano de carreira agora, mas eu ainda penso realmente em seguir essa carreira. Penso realmente no futuro, talvez, em ser uma boina-azul e juntar os dois trabalhos. Isso é algo que me admira muito.”

Na ONU, o grupo pôde presenciar os locais onde ocorrem as principais negociações internacionais. A visita guiada oferece detalhes de como funcionam órgãos importantes como o Conselho de Segurança.

Horizontes
Para a estudante Maria Isabel, a experiência abriu os horizontes. “Foi um ambiente muito feliz, foi um ambiente de integração, onde as pessoas sabem que podiam contar umas com as outras. Eu acredito que isso é só uma microescala do que é a relação internacional no mundo.”

O grupo teve ainda a chance de apreciar o trabalho de brasileiros que tiveram reconhecimento do mundo, como os painéis Guerra e Paz de Portinari. Obras como estas ficam expostas no edifício, que teve o projeto final apoiado por um outro brasileiro: o arquiteto Oscar Niemeyer.

Após a experiência, a aluna Júlia Dutra disse ter certeza de que quer seguir a carreira diplomática. “Eu acho importante a gente pensar na imensidão de coisas tão importantes e tão significativas que afetam o mundo e numa escala que a gente nem consegue imaginar. A vida de pessoas é mudada, a cada segundo, só pelas conversas que acontecem aqui dentro.”

Já o coronel Edson Allemany dos Santos, que liderou o grupo, acredita que o contato com a maior organização do mundo pode mudar os sonhos desses jovens. Para o oficial, a experiência em Havard também trará um crescimento positivo.

“Eu acredito que, para eles, ter essa relação lá com vários alunos de outras escolas ao redor do mundo, nessa a experiência única de Harvard, também vai fazê-los crescer de uma maneira muito boa.”

Carreira
Nas Nações Unidas, os estudantes brasileiros acompanharam histórias de ajuda humanitária em crises pelo mundo, momentos de superação e demonstrações de multilateralismo.

Cerca de 15 mil jovens estudam em colégios militares administrados pelo Exército Brasileiro, que buscam promover a descoberta de potencialidades. O tipo de ensino integra “valores, costumes e tradições” e os alunos têm depois, a opção de seguir carreira nas Forças Armadas.

Essa quinta-feira, dia 24 de janeiro, marcou a primeira celebração do Dia Internacional da Educação. A data chama a atenção para o papel de educar na promoção da paz e do desenvolvimento e foi aprovada pela Assembleia Geral da ONU em 3 de dezembro do ano passado.

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