Em 2020, Lisboa terá um museu dedicado ao Terremoto de 1755

Da Redação
Com agencias

A capital portuguesa vai ganhar um Museu do Terremoto, nome provisório para um projeto que será um espaço interativo e uma “experiência sensorial”. O projeto vai nascer em Belém em 2020, e pretende recriar o que aconteceu em 1755, um terremoto que seguido de tsunami destruiu a capital lusa em 1 de novembro de 1755.

O espaço deve se chamar “Quake — Centro do Terramoto de Lisboa” e atrair cerca de 250 mil visitantes por ano, num projeto divulgado como “relevante interesse público” e “mais um polo de atração turístico de Lisboa e de promoção histórica da capital”.

De acordo com o Observador, o espaço deve ter oito espaços internos, sendo que o visitante começa sendo informado sobre temas de sismologia e proteção civil, e depois pode embarcar numa viagem virtual até meados do século XVIII, conhecendo a Lisboa da época, quando testemunha o terremoto.

Segundo divulgou a agência Lusa, o museu irá nascer na Rua da Junqueira, na freguesia de Belém. A empresa TURCULTUR – Turismo e Cultura de Portugal, Lda. solicitou ao município a cedência de um terreno, onde pretenderá construir e desenvolver um projeto que designou provisoriamente de Museu do Terramoto.

O projeto temático pretende proporcionar aos seus visitantes três componentes distintas, mas complementares: ciência, história e entretenimento, assumindo que o terremoto de 01 de novembro de 1755 foi a maior catástrofe natural que aconteceu em Portugal, marcando definitivamente a história da capital, segundo a proposta enviada à Assembleia Municipal.

A infraestrutura contará com uma componente pedagógica, uma vez que está prevista “a realização de atividades pedagógicas de formação específica na área da proteção civil relacionada com este tipo de fenômenos naturais, alertando os visitantes, portugueses e estrangeiros, para os terremotos e para os cuidados que os mesmos exigem”.

O Museu do Terramoto deverá estar em funcionamento no prazo máximo de 24 meses a contar da data de celebração da escritura de constituição do direito de superfície, salienta o município.

A Câmara de Lisboa aprovou, com os votos contra de PSD, PCP e BE a constituição de um direito de superfície na Rua da Junqueira, a favor da empresa ‘Turcultur’.

A constituição de um direito de superfície do terreno de 668 metros quadrados, localizado perto do Museu dos Coches, por um prazo de 50 anos, prevê o pagamento de 925 mil euros, pagos numa prestação anual de 24.409,16 euros.

O sismo de 1755 resultou na destruição quase completa da cidade, além de atingir parte do litoral do Algarve e Setúbal. Segundo historiadores, o maremoto a seguir teria atingido a altura de 20 metros, e com focos de múltiplos incêndios, fez mais de 10 mil mortos.

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