Docentes portugueses formam professores em Moçambique PNN – Começa no final deste mês de julho, em Moçambique, o projeto “Kunfundiça”, uma iniciativa da Associação de Solidariedade Portugal-África e Amigos (ASPAA), que visa auxiliar a formação de professores na região de Chimoio. Três docentes, duas psicopedagogas e uma designer partem com a difícil missão de “garantir aos agentes locais de ensino o acesso a uma formação adequada e contínua”, que deverá beneficiar cerca de 550 crianças por ano, informa a associação em comunicado. Nesta primeira fase, o projeto “Kunfundiça”, que na língua local significa educar, atingirá 29 agentes de ensino, entre educadoras, auxiliares e professores de primeiro ciclo. No entanto, “outros professores demonstraram já interesse em participar nesta iniciativa de formação”, lê-se na nota informativa. “O Chimoio depara-se com uma grande carência de professores e educadores experientes e adequadamente formados, devido à elevada taxa de mortalidade provocada por doenças como a malária e a sida”, refere a ASPAA. A associação pretende ainda levar a diante um programa de aquisição de bicicletas para chefes de comunidades em Moçambique, com o objetivo de facilitar a sua deslocação até às missões católicas que dão formação em áreas como nutrição, higiene, segurança ou ensino. Atualmente, alguns dos chefes comunitários fazem o trajeto a pé, o que pode demorar oito a dez horas, de acordo com a associação. A ASPAA nasceu do interesse de voluntários leigos em auxiliar os projetos na área da saúde e educação na África, na seqüência de trabalhos iniciais realizados com a União Missionária Franciscana (UMF).