Coprodução Brasil-Portugal concorre no Festival de Cannes

Mundo Lusíada
Com agencias

O longa-metragem brasileiro, em coprodução com Portugal, Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos concorrerá na principal mostra paralela do Festival de Cannes, Un Certain Regard (Um Certo Olhar).

O documentário é dirigido pelo cineasta português João Salaviza e pela brasileira Renée Nader. Selecionado em 2014, a produção conta com recursos do Ministério da Cultura do Brasil, por meio do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), em parceria com a Agência Nacional do Cinema (Ancine).

Gravado na aldeia Pedra Branca, terra indígena Krahô, em Tocantins, o filme apresenta Ihjãc, um jovem Krahô que, depois de um encontro com o espírito do falecido pai, se vê obrigado a fazer sua festa de fim de luto.

Neste ano, a seção paralela terá avaliação de um júri liderado pelo ator Benicio Del Toro. A 71ª edição do Festival de Cannes ocorrerá de 8 a 19 de maio na cidade francesa.

Mais em Cannes

Outro representante do Brasil em Cannes será O Grande Circo Místico, de Cacá Diegues. O longa-metragem, que recebeu R$ 3 milhões do Fundo Setorial do Audiovisual, é uma coprodução Brasil-França-Portugal e um dos sete filmes a serem exibidos na Sessão Especial do evento.

Com os atores franceses Vincent Cassel e Catherine Mouchet e os brasileiros Mariana Ximenes, Jesuíta Barbosa, Bruna Linzmeyer e Juliano Cazarré no elenco, O Grande Circo Místico conta a história dos 100 anos de existência do Grande Circo e das cinco gerações de uma mesma família que estiveram à frente do espetáculo com suas histórias.

Também os s filmes portugueses “Colo”, de Teresa Villaverde, “Terra Franca”, de Leonor Teles, e “Verão Danado”, de Pedro Cabeleira, vão ser exibidos numa das seções paralelas do Festival, de 11 a 13 de maio.

“Colo”, de Teresa Villaverde, é um filme de ficção, apresentado no ano passado, em competição, no Festival de Cinema de Berlim. O filme, que se estreou este mês nas salas portuguesas, reflete, ainda que indiretamente, os efeitos e os estilhaços da crise econômica numa família de classe média, interpretada por João Pedro Vaz e Beatriz Batarda.

“Terra Franca” é a primeira longa-metragem de Leonor Teles, responsável pelas curtas-metragens “Balada de um batráquio” (2016), vencedor do Urso de Ouro em Berlim, e “Rhoma Acans” (2012).

O documentário, que se estreou no Festival Internacional do Documentário Cinéma du Réel, a decorrer até domingo em Paris, centra-se em Albertino Lobo, um pescador que vive à beira do rio Tejo, cujo retrato foi filmado por Leonor Teles ao longo das quatro estações do ano.

A primeira longa-metragem de Pedro Cabeleira, “Verão Danado”, que foi exibido pela primeira vez em agosto do ano passado no Festival de Locarno (Suíça), onde recebeu uma menção honrosa, estreou-se em novembro nas salas portuguesas de cinema.

Pedro Cabeleira, que assina a direção e o argumento, iniciou o processo do filme aos 21 anos, quando terminou o curso de realização na Escola Superior de Teatro e Cinema.

O fio condutor é a personagem Chico (o ator Pedro Marujo), um jovem licenciado em Filosofia que parte para Lisboa à procura de trabalho e divaga com amigos e desconhecidos, entre excessos de festas e drogas.

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