Brasil comemora dois séculos da Imprensa Nacional e da indústria gráfica

A organização dos eventos está a cargo da Presidência da República, Associação dos Servidores da Imprensa Nacional, com o apoio do Instituto Camões.

Da Redação

A chegada da família real portuguesa ao Brasil em 1808 trouxe diversas conseqüências benéficas à ex-colônia. Dom João VI incrementou a economia, a cultura, fundou o Banco do Brasil, a Imprensa Nacional e a indústria gráfica brasileira.

Para comemorar os 200 anos da Imprensa Nacional, Brasília será palco, de 10 a 20 de maio, de festividades que incluem palestras e exposição com fatos históricos que estão registrados na memória do povo brasileiro. A organização dos eventos está a cargo da Presidência da República, Associação dos Servidores da Imprensa Nacional, com o apoio do Instituto Camões.

A programação prevê atividades em diversos pontos da capital brasileira. O encerramento, dia 20, será na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, cidade onde foi instalada a Imprensa Régia, atual Imprensa Nacional, e a primeira gráfica brasileira para marcar o mês de aniversário de D. João VI.

Até 1808 eram proibidas a impressão e a circulação de qualquer tipo de jornal ou livro no Brasil. O "Correio Braziliense" era editado em Londres por Hipólito José da Costa Pereira Furtado de Mendonça e entrava clandestinamente, nos porões dos navios que transportavam mercadorias e escravos. Até 1999 o Dia da Imprensa era comemorado em 10 de setembro, em referência ao jornal "Gazeta do Rio de Janeiro", que também passou a circular em 1808

Os dois jornais tinham posições ideológicas antagônicas. Fugindo da Inquisição, Hipólito pregava a libertação do Brasil dos domínios de Portugal; enquanto a Gazeta, dirigida por Frei Tibúrcio José da Costa, funcionava como um diário oficial da Corte.

Diante da importância da agenda, o diretor-geral da Imprensa Nacional, Fernando Tolentino de Sousa Vieira instituiu, pela Portaria nº 100, no dia 30 de abril de 2007, a Comissão Interna do Bicentenário da Impressão Régia (Imprensa Nacional), para cuidar do planejamento, coordenação e execução das ações referentes à data do 200º aniversário do órgão.

Imprensa Nacional Foi em 2000 que a Impressão Régia foi rebatizada como Imprensa Nacional (IN). Apesar da mudança no nome, sua atribuição é basicamente a mesma: publicar leis, decretos, resoluções, instruções normativas e portarias, agora no "Diário Oficial" da União (DOU), o herdeiro da Gazeta do Rio de Janeiro.

Com tiragem de 14 mil exemplares de 200 páginas em média, O Diário Oficial foi disponibilizado integralmente no portal da IN no ano 2000 sempre a partir das 8h. De acordo com a Imprensa Nacional, o site é um dos três mais visitados do Brasil, com cerca de 1 milhão de acessos.

Em 1925, as publicações dos Tribunais Superiores e do Ministério Público da União deixaram as páginas do DOU e ganharam um jornal próprio: o Diário da Justiça, cuja tiragem é de 1,6 mil exemplares e também está disponível online no mesmo portal.

Programação Entre as próximas atividades estão lançamento do selo comemorativo 200 anos da Imprensa pelos Correios, a exposição "A arte do Azulejo em Portugal; celebração ecumênica em Brasília; e sessões solene alusivas à data.

Confira os locais da programação pelo site www.institutocamoes.org.br. Com Portugal Digital

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