Biblioteca Nacional recorda importância da Livraria Camões

Por Ígor Lopes
Mundo Lusíada

Entre os convidados, José Estrela (segundo à Esq.) responsável pela Livraria Camões. Foto: Renato Moulin/Luiz Louzada

A Fundação Biblioteca Nacional (FBN), localizada no Centro do Rio de Janeiro, promoveu, no dia 19 do mês passado, um debate sobre a importância da Livraria Camões e da cultura letrada portuguesa no Brasil. O evento, que contou com entrada franca, reuniu pesquisadores determinados a discutir sobre a importância da loja portuguesa na cena cultural carioca.

Um dos convidados foi José Estrela, responsável pela Livraria Camões. Durante a sua apresentação, Estrela pôs em pauta temas como a fundação da livraria, os desafios para desenvolver seus trabalhos em todo o país, a valorização da livraria como espaço para difusão do livro português e também como local de encontro do leitor brasileiro com autores portugueses que visitam o Rio. O livreiro falou ainda sobre sua trajetória e a da livraria.

Segundo a organização do evento, a apresentação “trouxe uma contribuição importante para o conhecimento da história da Livraria Camões, nos 40 anosem que Estrelafoi o seu principal responsável”. A participação das professoras Cleonice Berardinelli e Gilda Santos, freqüentadoras da Livraria Camões, “enriqueceu o debate e trouxe outros olhares sobre os serviços prestados pela livraria ao desenvolvimento do mercado para a literatura portuguesa no Brasil”.

Na opinião de Aníbal Bragança, coordenador-geral de Pesquisa e Editoração da FBN, “José Estrela foi um baluarte na difusão do livro português no Brasil, durante décadas”.

O evento está inserido no projeto “Os livros e a vida literária do Rio de Janeiro”, desenvolvido pela fundação. O seu objetivo é oferecer a oportunidade para a valorização da trajetória de personagens relevantes da história e do mercado do livro brasileiro.

 

Livraria vai reabrir sob novo modelo

A livraria Camões, então mantida pela Imprensa Nacional Casa da Moeda (INCM), de Portugal, tinha o intuito de divulgar o livro e os escritores portugueses. Através da justificativa de que o espaço já não era mais lucrativo, a INCM decidiu fechar as portas da livraria. A decisão foi informada ao livreiro por meio de uma carta, no final de janeiro.

A notícia do fechamento da Camões acabou mobilizando clientes, freqüentadores e políticos portugueses. Foi feito inclusive um abaixo-assinado contrário à decisão da INCM. Essa manifestação contou com o apoio de intelectuais e parlamentares do Partido Socialista Português, que chegaram a pedir explicações ao governo de Portugal.

Poucos dias depois do encerramento da loja, surgiu a possibilidade de a livraria ser aberta novamente. A INCM divulgou a notícia de que uma parceria com o grupo editorial Almedina iria possibilitar a reabertura da livraria. O memorando de entendimento entre a INCM e o grupo Almedina foi assinado no dia 26 de janeiro. O previsto é que o grupo português seja parceiro na remodelação da livraria carioca, que vai passar por reformas e reabrirá com acervo maior, ainda neste semestre.

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