Ano de Portugal no Brasil é aberto com espetáculo sinfônico

Por Heloisa Cristaldo
Com agencias

Abertura do Ano de Portugal no Brasil, em 07 de setembro em Brasília. Foto: Agencia Brasil

A apresentação da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro abriu na noite de 7 de setembro o Ano de Portugal no Brasil, evento de múltiplas iniciativas culturais e empresariais que pretende mostrar aos brasileiros um Portugal moderno, inovador e aberto. Foram apresentadas peças eruditas de compositores brasileiros e portugueses, além do Hino Nacional de cada país.

Dois selos comemorativos de emissão conjunta pelos Correios dos dois países foram lançados pelos ministros da Cultura, Ana de Hollanda, das Relações Exteriores, Antonio Patriota e o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Portas. O tema das peças é A Força da Língua Portuguesa, composta por dois selos, que apresentam as imagens em aquarela de Fernando Pessoa e de Cruz e Sousa, acompanhadas por versos dos poemas Mar Português e Ser Pássaro respectivamente.

A cerimônia de abertura teve ainda apresentação da artista Roberta Sá e da cantora portuguesa de fado, Mariza. Cerca de sete mil pessoas participaram da abertura do evento, segundo os organizadores. Juntas, cantaram Insensatez (de Tom Jobim e Vinicius de Moraes) e Fado Tropical (de Chico Buarque e Ruy Guerra). “Queremos mostrar um Portugal que tem suas tradições, mas ao mesmo tempo um Portugal que está dando um passo a frente, rumo à modernidade, um Portugal que pensa no futuro”, disse Mariza à Agência Brasil após a passagem de som na Torre de TV (Eixo Monumental).

Nos próximos dez meses, período em que serão promovidas atividades simultâneas em Portugal e no Brasil, os dois países querem mudar a imagem que um guarda do outro. Portugal quer que os brasileiros saibam que, além de tradição, os lusitanos vivem a modernidade. Sem abrir mão dessa visão futurista, o Brasil quer que os portugueses conheçam a diversidade da cultura nacional.

A intenção é mostrar um Brasil com a sua grande variedade de artistas na música, no teatro, na dança e até no circo, além de apresentar produções ainda desconhecidas e de diferentes partes do país (fora do eixo Rio-São Paulo). Fora da área cultural, Brasil e Portugal também buscam trazer mais dinamismo às relações comerciais e de cooperação científica.

Países modernos

Nos próximos dez meses, período em que serão promovidas atividades simultâneas em Portugal e no Brasil, os dois países querem mudar a imagem que um guarda do outro. Portugal quer que os brasileiros saibam que, além de tradição, os lusitanos vivem a modernidade. Sem abrir mão dessa visão futurista, o Brasil quer que os portugueses conheçam a diversidade da cultura nacional.

A intenção do Brasil, no Ano do Brasil em Portugal, é mostrar que o país tem grande variedade de artistas na música, no teatro, na dança e até no circo além de apresentar produções ainda desconhecidas e de diferentes partes do país (fora do eixo Rio-São Paulo).

“Não é só a celebração do que nos aproxima, mas também a modernidade dos dois países”, comentou o chanceler Antonio Patriota ao lembrar que os países têm intercâmbio nas áreas de ciência, tecnologia e inovação. Segundo o Itamaraty, Portugal é o destino mais procurado pelos candidatos a bolsistas do Programa Ciência sem Fronteiras (12 mil pedidos e 2,1 mil bolsas concedidas).

Os dois países vão acionar a comissão mista de ciência, tecnologia e inovação para discutir cooperação nas áreas de nanotecnologia, biotecnologia e biocombustíveis. Além disso, há interesse de empresas brasileiras por Portugal. Segundo Patriota, a Embraer vai abrir uma unidade na cidade de Évora e o Brasil “segue de perto” o processo de privatização das companhias estatais portuguesas, afirmou em 6 de setembro, antes de participar de um jantar com o ministro de Negócios Exteriores de Portugal, Paulo Portas.

Segundo Paulo Portas, o país lusitano quer que as privatizações sejam bem sucedidas “não apenas do ponto de vista da receita”, mas também da transparência e de observar “as melhores práticas internacionais”. Ele lembra que a privatização da companhia de energia EDP, vencida por chineses no começo deste ano, mostrou que o país está aberto à atuação de grupos estrangeiros além da União Europeia. A Eletrobras (com apoio do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social, BNDES) chegou a participar da concorrência, mas não foi classificada entre as duas melhores propostas (finalistas).

A entrada de investimento estrangeiro combina com a imagem de modernidade que os portugueses querem passar no Ano de Portugal no Brasil. De acordo com o chanceler Paulo Portas, Portugal “moderno” quer aproveitar a “avenida de oportunidades” dos grandes eventos internacionais que ocorrerão no Brasil (como a Copa e as Olimpíadas) nesta década para mostrar sua excelência em turismo. “As empresas portuguesas têm grande experiência”, garantiu ao assinalar que essas companhias “podem ajudar na capacidade de realização que o Brasil vai mostrar nesses eventos”.

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