>> Milton Hatoum, ganhador da quarta edição do Prêmio Portugal Telecom de Literatura.
De 03 à 07 de setembro, Santos acolheu o 1º Encontro Internacional de Escritores em Santos – Tarrafa Literária, avaliado como um evento de sucesso entre os autores e o público. Em três dias, passaram pelo o que está sendo chamado de festa literária paulista, mais de 500 pessoas. O evento, com apoio do Ministério da Cultura, quis ser a exemplo do que a Flip, em Paraty, é para o Rio de Janeiro.
Entre os convidados, esteve presente o ganhador da quarta edição do Prêmio Portugal Telecom de Literatura, em 2006, Milton Hatoum, além de dono de três prêmios Jabuti de Literatura. Ele participou da mesa literária que abordou o tema Ficção, A Mentira Sem Culpas, e afirmou que a Tarrafa Literária já nasceu dando certo. “Minha intuição é a seguinte: essa Tarrafa veio para ficar. O formato está perfeito” disse Hatoum sobre a festa literária.
“Um evento literário acrescenta a alegria de encontrar amigos, autores e mais gente para dividirmos estas experiências solitárias. É um raro momento coletivo na nossa vida literária”. O evento começou com pocket-show de Arnaldo Antunes, trouxe na mesa Futebol e Literatura, Paixão Nacional o escritor Matthew Shirts (Estados Unidos) e o jornalista Xico Sá, com mediação do jornalista Vladir Lemos, apresentador do programa Cartão Verde. Além da presença do escritor Ruy Castro e Laurentino Gomes, do navegador Amyr Klink e do escritor e surfista Tim Winton (Austrália) na mesa Livros que Molham. "Acredito em eventos como a Tarrafa Literária, que incentivam a leitura e o debate sobre literatura" afirmou Arnaldo Antunes.
O idealizador do projeto, o livreiro e editor José Luiz Tahan, começa a planejar a Tarrafa 2010 dentro de um mês. "Estou feliz pela primeira edição ter sido tão bem recebida pelos escritores e pelo público. Esperamos em 2010 superar o primeiro ano e fisgar mais leitores para a nossa rede", comemora Tahan. Os 700 livros arrecadados durante a Tarrafa serão doados para o Instituto Elos, que atende comunidades caiçaras, e o Instituto Arte no Dique, que mantém projetos culturais.
