Vice-presidente da Guiné Equatorial pede habeas corpus preventivo ao Brasil

Da Redação
Com Abr

Uma das principais obras do arquiteto brasileiro, Palácio da Alvorada em Brasília, residência da Presidência da República do Brasil.

O vice-presidente da República da Guiné Equatorial, Teodoro Nguema Obiang Mangue, acusado de desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro e abuso de confiança, apresentou pedido de habeas corpus preventivo ao Supremo Tribunal Federal (STF) para evitar sua prisão e extradição, que já foi requerida pela França.

Advogados do africano informaram que o julgamento das acusações registradas por autoridades francesas não foi concluído.

A defesa de Mangue também argumenta no pedido que, pela Convenção de Viena de 1961, o pedido de prisão preventiva e extradição, em casos como esse, desrespeita as diretrizes do tratado internacional que regula as relações diplomáticas entre os países signatários, como o Brasil.

Mangue, que em 2002 foi nomeado segundo vice-presidente e encarregado da Defesa e Segurança do Estado, exige condições semelhantes às de chefe de Estado para se defender. Uma das principais prerrogativas reivindicadas pelo africano é a imunidade penal, que impede a prisão ou a extradição por autoridades estrangeiras.

Teodoro Mangue é filho do presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, que está no poder desde 1979, depois de um golpe de Estado que foi marcado pela violência. O relator do processo no STF é o ministro Teori Zavascki.

1 Comment

  1. A CPLP é uma organização de Estados mas tendencialmente pode vir a ser uma organização de povos, pois depois de estabelecido, em 1996, o espaço de “concertação político-diplomática” entre os Estados de “língua oficial portuguesa”, as organizações da sociedade civil e as igrejas destes países passaram elas também a constituírem organizações multilaterais, seguindo a mesma lógica de entreajuda, de cooperação e de reforço recíproco das valências nacionais.
    Perante uma tal situação de flagrante atropelo dos princípios de civilização, defendidos pela CPLP, a sociedade civil e as igrejas dos países membros, unidos pelo espírito da liberdade, da fraternidade dos povos, da cooperação mútua e do desenvolvimento sustentado não podem ficar calados e têm o dever moral e cívico de denunciar a conivência de alguns dos Estados-membros e de se oporem a este estado de coisas. – http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/11606
    Declaração sobre a presença da Guiné Equatorial na CPLP
    http://www.abaixoassinado.org

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