Vale inicia construção de complexo carvoeiro em Moçambique

Da Agencia Lusa

A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), iniciou formalmente a construção da infra-estrutura industrial para a exploração das reservas de carvão de Moatize, noroeste de Moçambique, que estão entre as maiores do mundo.

O início formal das obras do complexo industrial da CVRD em Moatize, que ocupa uma área de 246 quilômetros quadrados, contou com a participação do presidente moçambicano, Armando Guebuza, e do presidente da companhia brasileira, Roger Agnelli.

Com o lançamento da primeira pedra do empreendimento, a CVRD mantém a expectativa de iniciar a exploração de carvão em dezembro de 2010, momento em que os investimentos nesse projeto poderão alcançar US$ 1,3 bilhão.

Na fase de operação, as minas de Moatize, a cerca de 1700 quilômetros de Maputo, vão produzir anualmente 11 milhões de toneladas de produtos derivados de carvão aptos para a geração de energia elétrica e indústrias metalúrgicas.

Europa, Brasil, Ásia e Oriente Médio serão os principais mercados.

Neste momento, o empreendimento já dá emprego a mais de duas mil pessoas, 90% das quais moçambicanos. No pico das obras de implantação, aumentará para mais de três mil o número de trabalhadores.

A concessão que a CVRD ganhou em 2004 para as reservas de Moatize dá à empresa os direitos de exploração de carvão por 35 anos.

Segurança Falando na cerimônia do início das obras do complexo industrial, o presidente angolano considerou que o elevado investimento da Vale demonstra que “Moçambique é um destino seguro para mega-projetos”.

“Este sinal ganha um significado especial, se tivermos em conta que a crise financeira mundial está a levar algumas empresas à retração nas suas atividades e ao congelamento de alguns dos seus novos projetos”, frisou Guebuza.

Para ele, “a Vale leva para o mundo a mensagem de que, mesmo perante esta crise, Moçambique é o país de futuro, o país com que se podem estabelecer parcerias sustentáveis e duradouras”.

Por outro lado, o presidente da CVRD manifestou a vontade de transformar o projeto num “modelo mundial”.

“Num momento de crise mundial muito forte e sem precedentes, nós estamos cá lançando um projeto de mineração de nível mundial”, disse Roger Agnelli.

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