Universidades brasileiras têm bolsas para médicos da CPLP

Da Agencia Lusa

Várias instituições e associações universitárias brasileiras disponibilizaram bolsas de estudo para o ensino e formação prática em diversas áreas da medicina para jovens médicos oriundos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

O acordo foi assinado em São Paulo, dia 16 de outubro, pelo secretário-executivo da CPLP, Domingos Simões Pereira, e pela Comissão Inter-Países Portugal/Brasil e Países de Língua Oficial Portuguesa (CIP/PLOP), apoiada pela Fundação de Rotarianos de São Paulo (FRSP), em colaboração com o Rotary Club do Brasil.

Segundo o conteúdo do acordo, ao qual a Agência Lusa teve acesso, o número total de bolsas dependerá das candidaturas apresentadas por profissionais que queiram mais formação, entre outras, nas especialidades de anestesia, endoscopia e colonoscopia, medicina nuclear, pediatria oncológica e microcirurgia em ortopedia.

As bolsas abrangem também as áreas de cirurgia por vídeo (laparoscopia), radiologia e diagnóstico por imagem, medicina preventiva, doenças tropicais, epidemiologia, saúde materno-infantil, saúde ambiental, nutrição e prática de saúde pública, além de formação em gestão e administração hospitalar.

Os cursos, que durarão entre seis e doze meses, vão ser ministrados em três hospitais de São Paulo: Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio-Libanês, e em duas outras ligadas à Universidade de São Paulo, o Instituto de Medicina Tropical e a faculdade de Saúde Pública.

As bolsas, segundo o teor do acordo, são destinadas a profissionais de medicina, de preferência jovens, formado há pelo menos dois anos, embora no caso da bolsa de oncologia seja pedido mais um ano em clínica geral. “A bolsa de estudo tem por objetivo ajudar os países no aprimoramento, na expansão e na multiplicação dos seus quadros de profissionais de medicina, visando cobrir áreas específicas e prioritárias”, aponta o documento.

Em declarações à Agência Lusa, o assessor do secretário-executivo da CPLP, António Ilharco, frisou a importância do acordo, lembrando a “forte aposta” da comunidade lusófona na área da educação. Segundo António Ilharco, no caso da Universidade de São Paulo, a reitora, Suely Vilela, manifestou vontade em intensificar a relação de cooperação nas graduações e pós-graduações.

Nesse quadro, segundo Suely Vilela, uma delegação das universidades de São Paulo e de Minas Gerais visitará Portugal na próxima semana para analisar um projeto mais amplo, com representantes de outras universidades do mundo lusófono.

Além do Brasil, integram a CPLP Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.

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