Da Redação
Com Lusa
A União Europeia comprometeu-se, em 25 de março em Bruxelas, a conceder 160 milhões de euros à Guiné-Bissau, para consolidar a democracia, reforçar o Estado de direito, acelerar a retoma econômica e melhorar as condições de vida dos cidadãos.
O anúncio foi feito no decorrer da conferência internacional que decorre em Bruxelas, organizada em conjunto pelo Governo da Guiné-Bissau, pela UE e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), no dia seguinte à suspensão das restrições à cooperação aplicadas pela UE em 2011, na sequência do golpe militar de 2010.
“A Guiné-Bissau registrou progressos importantes ao longo do último ano, a começar pela realização de eleições legislativas pacíficas e credíveis. Pretendemos encorajar a evolução positiva observada e iremos apoiar o novo governo na reconstrução do país, no reforço das suas instituições democráticas e no avanço em direção à estabilidade, à reconciliação e ao desenvolvimento econômico”, comentou a Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Federica Mogherini.
A conferência reúne a comunidade internacional e a Guiné-Bissau no intuito de apoiar a estratégia própria do Governo em matéria de desenvolvimento para os próximos dez anos e visa também incentivar os doadores internacionais a assumir um compromisso quanto a uma assistência financeira, bem como a coordenar este apoio.
Portugal anunciou na conferência que tenciona assinar até junho um novo programa estratégico de cooperação com a Guiné-Bissau num montante de cerca de 40 milhões de euros.
Portugal
Também o Governo português anunciou, durante a conferência em Bruxelas, que tenciona assinar até junho um novo programa estratégico de cooperação com a Guiné-Bissau num montante de cerca de 40 milhões de euros.
“Portugal diz presente neste momento chave para a Guiné-Bissau (…) Agora, com base no plano estratégico e operacional apresentado pelas autoridades guineenses a esta conferência, estamos prontos para negociar e assinar até junho um novo programa estratégico de cooperação para vigorar nos próximos anos, num montante que rondará os 40 milhões de euros”, anunciou o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação.
Apontando que, desde a eleição das novas autoridades constitucionais em 2014, Portugal tem vindo a retomar e reforçar a cooperação, com programas de ajuda que no seu conjunto atingiram “valores de sensivelmente oito milhões de euros nestes últimos meses”, Luís Campos Ferreira declarou na sua intervenção na mesa redonda de doadores que a Guiné-Bissau pode contar com “a solidariedade do povo português”, que será reforçada com o novo programa.