Da Redação
Com Lusa
A União Europeia (UE) disponibilizou 300 mil euros para apoiar o regresso de refugiados moçambicanos ao país, anunciou a representação em Maputo.
O “financiamento humanitário vai beneficiar mais de 42.000 pessoas, incluindo 11.500 retornados e mais de 30.000 membros das comunidades que os recebem”, no distrito de Moatize, província de Tete, no interior centro de Moçambique.
Os fundos serão destinados a ações implementadas pela Organização Internacional para as Migrações (OIM) que passam por ajuda alimentar e desenvolvimento de atividades agrícolas que criem rendimento.
Em causa estão cidadãos moçambicanos “que tinham fugido para o Maláui devido às tensões políticas entre o governo e a oposição em Moçambique”.
“Com o avanço do processo de paz, a maioria dos refugiados retornou a Moçambique”, mas “há necessidades significativas nas comunidades de acolhimento em termos de disponibilidade de alimentos e emprego”, nota a UE, em comunicado.
Os repatriados “aumentaram a pressão sobre recursos já sobrecarregados, o que poderá também potencialmente dar origem a tensões nas áreas afetadas”, acrescentou, ao justificar o apoio.
“A UE está empenhada em ajudar as pessoas que regressam a Moçambique bem como as suas comunidades de acolhimento, a voltarem à normalidade após anos de deslocação devido a conflitos”, referiu Christos Stylianides, comissário da UE para ajuda humanitária e gestão de crises.
O responsável destacou o papel da Europa numa “família global” ao “contribuir para aliviar o sofrimento das comunidades afetadas em Moçambique, apoiando-as a satisfazer as suas necessidades alimentares e a reiniciar as atividades agrícolas”, concluiu.