Mundo Lusíada
Com Lusa
O secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, considerou em Macau a China um parceiro muito importante para Portugal e lembrou as boas relações entre os dois países. “Faço um balanço muito positivo, para além do fato de me ter parecido que as pessoas perceberam que Macau não está esquecido, que é prioridade para nós”, disse José Cesário, à margem de uma visita à Escola Portuguesa local.
Na primeira visita a Macau, neste mandato governamental, José Cesário disse à agência Lusa ter escolhido a cidade para celebrar o 10 de Junho, a primeira paragem de uma visita que contou também com Hong Kong e Xangai.
“É público que a China é, neste momento, um parceiro muito importante para Portugal. Temos consciência do papel que a China tem hoje no mundo e não vale a pena iludirmo-nos quanto a isso”, disse José Cesário, que se referiu também às “boas relações” entre os dois países.
Recordando a transição do exercício da soberania em 1999 como um exemplo das boas relações entre Portugal e a China, o governante português vincou a importância e a necessidade de “aprofundar relações com a China”.
Em Macau, José Cesário disse esperar encontrar “a comunidade de sempre, que mantém o nome de Portugal bem presente e que consegue interagir perfeitamente com os cidadãos locais, uma comunidade viva”.
“Espero vir reencontrar muitos amigos e esta é a razão da minha presença aqui e sobretudo para celebrar um dia especial que eu sei que aqui em Macau é vivido de uma forma muito intensa”, sublinhou.
José Cesário acrescentou que a comunidade portuguesa de Macau “é crítica”, mas é também por isso que a “admira”.
Além de Macau, o secretário de Estado das Comunidades visita ainda Hong Kong e Xangai, e na capital econômica da China, além do contato com a “pequena comunidade, mas em crescendo” e para um “contato alargado com um conjunto de empresários e autoridades locais para ver algumas perspetivas de que se prendem investimentos com a captação de investimento para Portugal”.
Crises piores
O embaixador de Portugal em Pequim, José Tadeu Soares, manifestou-se confiante na capacidade dos portugueses ultrapassarem as atuais dificuldades, afirmando que “na sua longa História, o país já atravessou momentos mais difíceis”.
“Somos um país com 900 anos. A união entre os portugueses é que faz a nossa força”, disse o diplomata na celebração do Dia de Portugal, que reuniu a maioria dos cerca de cem portugueses residentes em Pequim.
Parte dos presentes, entre os quais o treinador do Beijing GuoAn, Jaime Pacheco, exibia ainda as marcas de uma tensa noite frente à televisão, a assistir ao primeiro jogo de Portugal no Euro 2012, contra a Alemanha, e que devido à diferença horária entrou pela madrugada dentro.
Portugal perdeu, por 1-0, mas a claque de Pequim não desmobiliza e, na próxima quarta-feira à meia-noite (17:00 em Lisboa), está marcado novo encontro para apoiar a seleção portuguesa, desta vez frente à Dinamarca.
Em Xangai, considerada a “capital econômica da China”, o 10 de junho será assinalado no Dia de Santo António (13 de junho), com a presença do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, que esteve em Macau, em representação do Governo português.