São Tomé e Príncipe aposta em turismo e petróleo para alavancar economia

Da Redação
Com Rádio ONU

SaoTomePrincipe_MarViagemO Governo de São Tomé e Príncipe está a apostar no petróleo e no turismo como fontes de renda para o futuro da economia sãotomense.

A declaração foi dada à Rádio ONU pelo primeiro-ministro do país, Gabriel da Costa. O governante esteve em Nova Iorque para discursar nos debates de líderes internacionais da Assembleia Geral, no final de setembro.

“Nós temos uma exportação conjunta com a Nigéria. A Total retirou-se do bloco número 1. Mas nós temos outras companhias que não são as mesmas e que estão a trabalhar com a zona de desenvolvimento conjunto para o desenvolvimento do petróleo. O turismo é uma aposta, uma aposta muito séria. Nós temos potencialidades e vamos explorar essas potencialidades. Eu diria que o turismo pode ser a principal fonte de rendimento para o país, e mesmo antes do petróleo caso o petróleo venha a ser efetivamente explorado.”

O primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe elogiou ainda a cooperação com as Nações Unidas, a União Europeia e Portugal para a realização das eleições gerais, marcadas para 12 de outubro.

O chefe de Governo sãotomense disse que está a tomar medidas sanitárias para evitar a entrada do vírus ébola no país. Nesta área, São Tomé e Príncipe está a contar ainda com a ajuda da Organização Mundial da Saúde, OMS.

As campanhas eleitorais para as eleições legislativas, autárquicas e regional em São Tomé e Príncipe, marcadas para 12 de outubro, arrancam no final de setembro com 12 partidos a concorrer para a formação do próximo Governo. O Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe (MLSTP-PSD), Ação Democrática Independente (ADI), Partido da Convergência Democrática (PCD) e o Movimento Democrático Força da Mudança – Partido Liberal (MDFM-PL) afiguram-se como os principais na corrida.

Boa Governação

São Tomé e Príncipe é um dos países que continua a progredir na avaliação do Índice Ibrahim de Governação Africana (IIGA) 2014, mas perdeu um lugar na tabela e caiu para o 12.º posto entre 52 países.

Na avaliação geral, São Tomé somou 59,7 pontos em 2013, mais um ponto do que no ano passado e mais 4,4 desde 2009, graças às boas notas em termos de segurança nacional e pessoal, participação cívica, igualdade entre sexos, acesso à saúde, educação e segurança social.

As fragilidades em termos económicos do país são as causas de avaliações menos positivas, nomeadamente as deficiências da administração pública, falta de infraestruturas e de condições para as empresas privadas.

A Fundação Mo Ibrahim, homônima do milionário sudanês que a criou em 2006, apoia a boa governação e a liderança em África e elabora anualmente desde 2007 o Índice Ibrahim, que visa informar e ajudar os cidadãos, sociedade civil, parlamentos e governos a medir o progresso.

O melhor país entre os lusófonos é Cabo Verde (2.º), à frente de São Tomé e Príncipe (12.º), Moçambique (22.º), Angola (44.º) e Guiné-Bissau (48.º).

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