São Paulo ganha novo festival cultural lusófono em 2018

Da Redação

  1. A Semana Internacional de Música de São Paulo – SIM São Paulo aconteceu em dezembro e trouxe uma programação repleta de atividades, incluindo um debate sobre a Lusofonia, a comunidade formada por todos os povos e as nações que compartilham a língua e cultura portuguesas.

Após o painel “Dos dois lados do Atlântico: A conexão lusófona”, com representantes de Portugal e Angola com o intuito de aumentar a aproximação desses e outros países lusófonos com o Brasil, foi anunciando a criação do Festival Fixe, um festival lusófono que deverá “ser realizado em 2018 no Brasil visando estreitar laços”, contou Anabela Cunha, mediadora do evento.

“O foco do Festival Fixe será música, mas tentaremos trazer outras áreas da cultura, como gastronomia, cinema, literatura e teatro”, explicou. “É um festival que começará pequeno, a princípio no Brasil, aproveitando as pontes que estão sendo feitas com a SIM São Paulo, e depois estender a outros países lusófonos como Portugal, Mocambique, Angola e Macau, entre outros”, completou.

Os integrantes da mesa estabeleceram esta 5ª Edição da SIM São Paulo como o Ano Zero de aproximação cultural entre Brasil e Portugal, e Sonia Tavares, vocalista da banda The Gift, pontuo com clareza sobre o que tornou os brasileiros “reis em Portugal”, tocando em rádios, novelas e também no cinema, e o que faltou para que portugueses – principalmente investidores e apoiadores – fizessem o mesmo no Brasil, que foi a falta de uma olhar português para a internacionalização, algo que, segundo Sônia, começou a ocorrer há cerca de 10 anos atrás, enquanto os brasileiros invadiram Portugal “aproveitando o fato língua para injetar cultura” no final dos anos 70 e começo dos anos 80.

“Não houve o trampolim que deveria ter acontecido no momento certo, como fizeram os brasileiros, e nós, sozinhos e com pequenos apoios, vamos tentando fazer alguma coisa”, contou Sonia. “Mas não pense que será algo que será feito em meia dúzia de anos”, pontou a vocalista.

“Se os brasileiros precisaram de 30, 40 anos, para serem os reis que são na música, nas novelas e no teatro em Portugal, nós não vamos conseguir (algo tão rápido). Então precisamos nos mexer mais depressa, se realmente queremos fazer alguma coisa, a dizer aos brasileiros que há mais cultura, não só na música, mas em todos os níveis, em Portugal. Precisamos mostrar que há um Portugal moderno”, completou.

Mediada por Anabela Cunha (Connecting Dots), a mesa contou ainda com Fernando Carvalho (Aicep Portugal Global), Gonçalo Riscado (MIL/Musicbox), John Gonçalves (The Gift), José Alves Maria Fernandes (Vice Cônsul de Angola), Ricardo Coelho (Metropolitana) e Sonia Tavares (The Gift).

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