Da Agencia Lusa
Malam Bacai Sanhá, candidato do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), e Kumba Ialá, apoiado pelo Partido de Renovação Social (PRS), vão disputar pela segunda vez juntos a presidência do país.
Segundo os dados provisórios divulgados pela CNE, Sanhá passou ao segundo turno com 39,59% dos votos e Ialá com 29,42%.
O candidato Henrique Rosa, também dado como favorito, obteve 24,19% dos votos, tendo já reconhecido a derrota na quarta-feira, 02 de julho.
Rosa venceu com 38.908 votos no Setor Autônomo de Bissau, a região do país com maior número eleitores, 161.881.
A abstenção foi de 40% – a mais alta registrada desde 1999.
Em relação às eleições legislativas de 2008, a abstenção mais do que duplicou.
O candidato menos votado nas eleições presidenciais de domingo foi Paulo Mendonça, que obteve apenas 949 votos.
Francisca Vaz Turpin, a única mulher candidata às presidenciais, conseguiu 1.219 votos.
Serifo Baldé, Aregado Mantenque Té, Luís Nancassa e Ibraima Djaló não conseguiram também chegar aos dois mil votos.
O quarto e quinto classificados na corrida foram Iaia Djaló, com 10.495, e João Cardoso, ex-chefe de gabinete de “Nino” Vieira, com 4.115.
MaturidadeO presidente da Comissão Nacional de Eleições, Desejado Lima da Costa, considerou, durante a apresentação dos resultados provisórios, que o êxito eleitoral se deveu ao “civismo e maturidade dos eleitores guineenses”.
“Apelamos para que mantenham o entusiasmo e a lucidez e não renunciem ao seu direito e dever de concluir o processo eleitoral com um alto índice de participação”, disse Costa, num claro apelo à participação no segundo turno.
A Comissão Nacional de Eleições tem agora 48 horas para divulgar os resultados definitivos.
A Guiné-Bissau realizou eleições presidenciais antecipadas após o assassinato do presidente “Nino” Vieira em 2 de março, horas depois de o chefe das Forças Armadas, Tagmé Na Waié, ter morrido num atentado à bomba.