Relatora da ONU diz que países lusófonos devem reutilizar água da chuva

Da Redação
Com Rádio ONU em Nova York

A relatora especial para o Direito à Água e ao Saneamento recomendou aos países de língua portuguesa que façam mais uso da água da chuva no gerenciamento de água e tratamento de esgoto.

Em entrevista à Rádio ONU de Fiji, no centro-sul da Oceania, Catarina de Albuquerque também chamou a atenção para a situação de deslocamento das ilhas do Pacífico, como Kiribati, que estão ameaçadas pela mudança climática. As ilhas estão pouco mais de 1 metro acima do nível do mar.

“Algumas recomendações que fiz ao governo foram no sentido de aumentar a capturar a água das chuvas. Essa minha recomendação aplica-se ao Brasil, a Portugal, aos países africanos de língua portuguesa e Timor-Leste. A água da chuva chega-nos às mãos de graça, se a podermos capturar ao invés de deixarmos que vá de novo ao mar, e para os rios, era um grande ganho para todos nós. Para lavar as nossas casas, para lavar os autoclismos (privadas) das casas de banho e se tratava também para beber.”

Tuvalu foi a primeira parada da visita de Catarina de Albuquerque. Juntamente com a Ilha de Kiribati, o país enfrenta escassez de água. Tuvalu tem cerca de 10 mil habitantes.
Países Africanos

A perita citou o exemplo de programas locais, apoiados pela União Europeia e da Itália, nos quais um tanque de água de 10 mil litros era doado a cada família para garantir a realização do direito à água.

Relativamente às nações de língua portuguesa, a relatora disse que mais recomendações devem ser transmitidas em contatos que espera vir a ter, com destaque para o primeiro a decorrer no Brasil em Março de 2013.

Será a primeira vez que ela irá a um país de língua portuguesa, desde que assumiu o posto que está associado ao Conselho de Direitos Humanos da ONU.

Catarina de Albuquerque, que é portuguesa, já esteve na América do Sul a trabalho, e durante a realização da Rio + 20, mesmo sem comparecer ao Brasil, ela enviou uma carta aos países participantes pedindo a garantia do direito humano à água na declaração final.

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