Primeiro-ministro deposto da Guiné-Bissau concorre às presidenciais

Da Redação
Com Lusa

Primeiro Ministro deposto da Guiné Bissau, Carlos Gomes Junior, durante conferência de imprensa. Foto: ANDRE KOSTERS/LUSA
Primeiro Ministro deposto da Guiné Bissau, Carlos Gomes Junior, durante conferência de imprensa. Foto: ANDRE KOSTERS/LUSA

O primeiro-ministro deposto da Guiné-Bissau disse em 08 de agosto em Lisboa que vai apresentar a candidatura à Presidência do país. As eleições gerais na Guiné-Bissau decorrem dia 24 de novembro.

“Vou ter um encontro com os jornalistas para dizer o nosso firme propósito de regressar ao país”, acrescentou Carlos Gomes Júnior afastado do poder na sequência de um golpe de Estado organizado pelos militares em 2012.

Gomes Júnior falava no final de uma reunião com o coordenador permanente da Comissão Política Nacional e porta-voz do PSD, Marco António Costa, e antes de uma conferência de imprensa em Lisboa.

São já conhecidas outras duas candidaturas às presidenciais de 24 de novembro: a do antigo ministro da Educação da Guiné-Bissau Tcherno Djaló e a do antigo diretor-geral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Hélder Vaz. O economista guineense Paulo Gomes já disse que até final do mês de agosto decidirá se apresenta como candidato às eleições gerais de 24 de novembro na Guiné-Bissau.

O primeiro-ministro deposto referiu que pretende, com o seu retorno à Guiné-Bissau “defender a democracia e as liberdades fundamentais do povo guineense”.

“Eu retorno na legalidade constitucional, conforme foi exigido na resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas”, disse Carlos Gomes Júnior, sublinhando que Portugal teve, com a Comunidade do Países de Língua Portuguesa (CPLP), “um papel muito importante” na defesa do seu Governo nas instâncias internacionais.

A Guiné-Bissau está a ser gerida por um Governo de transição, na sequência do golpe militar que em abril de 2012 afastou do poder o Presidente, Raimundo Pereira, e Carlos Gomes Júnior.

Carlos Gomes Júnior agradeceu, em particular, ao “presidente do PSD, o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, por todo apoio nos deram desde quando ocorreu o golpe de Estado na Guiné-Bissau e o acolhimento que nos foi reservado aqui em Portugal e a posição firme que o Governo português sempre manteve na defesa dos direitos fundamentais na Guiné-Bissau”.

“Viemos para agradecer, não só ao PSD, mas ao Governo de Portugal e ao povo português pelo acolhimento que nos deram”, acrescentou, referindo-se ainda à reunião com Marco António Costa.

Carlos Gomes Júnior disse que o regresso à Guiné-Bissau depende de “questões prévias”, que foram colocadas a Marco Antonio Costa e ao Governo português, que poderiam ajudar a serem defendidas junto do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

“Para se fazerem eleições, é preciso que haja as liberdades fundamentais do povo, que se possam manifestar, que os jornalistas possam circular livremente. São estas as nossas preocupações que nós gostaríamos que o Governo português continuasse a ajudar”, indicou.

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