Primeiro-Ministro de Cabo Verde apoia mãe a quem foram retirados sete filhos

Da Redação
Com Lusa

 

logo_cabo-verdeO primeiro-ministro cabo-verdiano disse na sexta feira, 1º de fevereiro aos jornalistas, que está a acompanhar a situação da cidadã cabo-verdiana a quem foram retirados sete dos nove filhos por ordem do Tribunal de Sintra e que o Governo está empenhado em encontrar soluções.

“A embaixada (de Cabo Verde) está a acompanhar de perto esta situação, nem tudo o que está a sair na comunicação social corresponde à realidade dos factos, porque a nossa perspectiva é de resolver. Estamos a tomar todas as providências necessárias em íntima articulação com a senhora para encontrarmos a solução para esta situação”, disse nesta sexta aos jornalistas José Maria Neves, chefe do executivo cabo-verdiano.

O processo da cidadã de Cabo Verde residente em Portugal foi sinalizado em 2007 e acompanhado desde essa altura pelo tribunal e pela Segurança Social.

De acordo com o Tribunal de Sintra, ao longo dos anos foram impostas várias condições à mulher, como vacinar os filhos, levá-los ao médico, manter condições de habitabilidade, prover o sustento das crianças, “dentro daquilo que é possível”, com o apoio de toda a comunidade.

Finalmente, sete dos nove filhos foram retirados à mãe, por ordem do tribunal, por se ter recusado a fazer uma laqueação de trompas.

“Já temos os primeiros esclarecimentos em relação a esta matéria, é claro que não tem a ver com a lesão dos direitos humanos da senhora. Há outros aspetos sociais que devem ser considerados e é isto que está em causa. Teremos de apoiar a senhora para ter melhores condições sociais e de poder viver condignamente com os seus filhos”, afirmou José Maria Neves.

Nós, dentro das nossas possibilidades, faremos absolutamente tudo para que os cabo-verdianos – onde quer que estejam – vivam com dignidade”, concluiu o primeiro-ministro cabo-verdiano, quando questionado sobre a questão pelos jornalistas.

O primeiro-ministro de Cabo Verde encontrou-se com o presidente da Câmara Municipal da Amadora, na zona da Grande Lisboa, onde discutiram as condições de vida da maior comunidade cabo-verdiana residente em Portugal.

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