Presidente moçambicano e líder da Renamo assinaram acordo de paz

Mundo Lusíada
Com agencias

Foto Arquivo: Presidente de Moçambique, Armando Guebuza, durante audiência no Palácio Presidêncial, julho de 2011, em Maputo. ANTÓNIO SILVA/LUSA
Foto Arquivo: Presidente de Moçambique, Armando Guebuza, durante audiência no Palácio Presidencial julho de 2011, em Maputo. ANTÓNIO SILVA/LUSA

O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, e o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, acabam de assinar um acordo de paz para acabar com meses de violência entre o exército e os ex-guerrilheiros. O acordo foi assinado na presença de dezenas de diplomatas e responsáveis governamentais na sede da Presidência moçambicana, em Maputo.

A assinatura do acordo permitirá a participação de Afonso Dhlakama na campanha eleitoral já em curso para as eleições gerais (presidenciais, legislativas e para as assembleias provinciais) de 15 de outubro e é mais um passo para a normalização da situação política em Moçambique, posta em causa por meses de confrontos entre o braço armado da Renamo e as Forças de Defesa e Segurança.

“Não haverá mais disparos, a paz regressou. Ganhou o país e ganhou a democracia”, afirmou o líder da Resistência Nacional de Moçambique (Renamo), o principal partido da oposição moçambicana.

Afonso Dlhakama convidou os investidores estrangeiros a regressarem a Moçambique, assegurando aos embaixadores, que estão acompanhar o seu reaparecimento, que vai cumprir com a sua palavra e respeitar o cessar-fogo.

Uma delegação que integra os embaixadores de Portugal, Itália, Estados Unidos da América (EUA), Botsuana e a comissária da Grã-Bretanha estão, desde a manhã de 04 de setembro, na vila da Gorongosa, para acompanhar o líder do partido. Um forte contingente policial escoltou a delegação, que acompanhou o líder da Renamo na viagem para Maputo, no encontro com o Presidente moçambicano.

A crise político-militar, que provocou um número indeterminado de mortos e de feridos, foi desencadeada por divergências sobre a lei eleitoral e em torno do desarmamento do braço armado da Renamo.

Portugal
O Presidente português Aníbal Cavaco Silva já tinha respondido positivamente ao pedido do homólogo de Moçambique, Armando Guebuza, para o envio de observadores militares portugueses para monitorar o processo de cessar-fogo.

A Presidência da República em Portugal referiu que Cavaco Silva atendeu ao pedido prontamente. Além de Portugal, os outros países convidados são a África do Sul, Botsuana, Cabo Verde, Estados Unidos, Itália, Quênia, Reino Unido e Zimbabué, tendo a sua escolha decorrido das negociações entre as delegações da Renamo, e do Governo moçambicano, para o fim da crise político-militar.

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