O presidente timorense José Ramos-Horta sofreu um atentado, na manhã do dia 11, em sua própria casa enquanto fazia exercícios.
Liderado pelo ex major Alfredo Reinado, o ataque acabou levando Ramos-Horta para um hospital na Austrália, com um tiro no estômago e outro no braço. Seu estado é "muito sério, mas estável" garantiu o premiê australiano Kevin Rudd. Ele estaria respirando com ajuda de aparelhos.
Para o primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, que também foi alvo de ataque no mesmo dia na capital Díli, as ações são uma tentativa de "golpe de estado".
O carro de Xanana foi alvo de tiros nesta mesma manhã, mas ele não ficou ferido. Já o ataque contra Ramos Horta, matou um segurança do presidente, e o líder do atentado Reinado.
Alfredo Reinado é considerado um militar rebelde, foi chefe da polícia timorense, e deixou o cargo em 2006 denunciando corrupção entre militares. Combatendo o governo de Ramos Horta, se refugiou nas montanhas com mais 200 soldados.
O país mais jovem do mundo, Timor-Leste, foi uma colônia portuguesa até a dominação indonésia, a qual o país só conseguiu se libertar em 2002.
Presidente do Timor desde maio de 2007, Ramos Horta (Nobel da Paz) defendeu uma independência pacífica do país contra a ocupação da Indonésia, que durou de 1975 até 1999.
CPLP A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa divulgou comunicado prestando solidariedade ao Gabinete do presidente do Timor-Leste, e ao Primeiro-ministro, repudiando o ataque de que foram alvos.
Em nome do embaixador Luís Fonseca, a nota diz que o atentado é “tanto mais condenável quanto é sabido que a não-violência, o diálogo e o respeito pelos direitos do homem têm sempre norteado a vida e a ação política do Dr. Ramos Horta”.
Dizendo ser um momento de "inquietação e angústia para os povos e autoridades dos Estados que integram a CPLP", o embaixador deseja recuperação rápida, manifestando solidariedade por parte de todos países membros.
“Desejo ainda reiterar o empenho do Secretariado Executivo em trabalhar com os restantes Estados membros para, em colaboração com o governo timorense, o apoiar nos seus esforços de edificação de uma sociedade próspera, democrática e livre”, traz a nota do Secretário Executivo.
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