Presidente da Guiné-Bissau lamenta 70 mortes em naufrágio

Da Redação Com Agencia Lusa

O presidente da Guiné-Bissau, João Bernardo “Nino” Vieira, lamentou na quarta-feira 14 de janeiro a morte de cerca de 70 pessoas no naufrágio de domingo no país, em comunicado divulgado à imprensa. “Como presidente de todos os guineenses, sem distinção de cor, credo religioso, origem étnica ou social, quero endereçar ao nosso povo e às famílias enlutadas o nosso sentimento de pesar e sentidas condolências”.

Segundo o comunicado da presidência guineense, o “trágico naufrágio, ocorrido no passado dia 11 entre Pecixe e Biombo, ceifou a vida a cerca de 70 pessoas, entre as quais mulheres e crianças”.

A presidência guineense é o primeiro órgão oficial da Guiné-Bissau a citar a morte de 70 pessoas. As autoridades haviam confirmado um morto, quatro sobreviventes e cerca de 50 desaparecidos.

No comunicado, o presidente dirige também uma mensagem especial à Comunidade Islâmica guineense pela “perda irreparável dos seus altos dirigentes e de seus fiéis”. A bordo da canoa que naufragou naquele domingo encontravam-se 12 líderes islâmicos guineenses que regressavam de Pecixe de uma ação de islamização.

Tragédia nacional "É uma tragédia nacional. Tudo aconteceu domingo, por volta das 10h (8h em Brasília), mas devido a dificuldades de comunicação só hoje é que se soube o que se passou", disse o primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior Gomes Júnior.

O primeiro-ministro guineense disse ainda que a embarcação que naufragou era uma "canoa de 16 metros com capacidade para 40 pessoas e que tinha a bordo cerca de 60". A embarcação fazia a ligação entre Biombo e a ilha de Pexixe, perto de Canchungo.

O ministro guineense das Infra-Estruturas, Transportes e Comunicações, José Almeida, disse que o naufrágio ocorreu devido ao mau tempo e que estão ocorrendo operações de busca e salvamento. "Neste momento há cinco barcos ao largo de Biombo a efetuar operações de busca, mas o governo lançou um pedido de ajuda a todos os barcos de pesca que se encontrem ao largo de Bissau e Biombo para ajudarem nas operações", disse Almeida, no último 12 de janeiro.

Almeida adiantou que entre os passageiros se encontrava uma delegação de líderes do Conselho Nacional Islâmico da Guiné-Bissau, que regressavam de uma ação de islamização em Pexixe, no norte do país.

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