Presidente angolano considera agricultura imperativo nacional

Da Redação
Com Lusa

O Presidente angolano, João Lourenço, considerou que o desenvolvimento da agricultura é um “imperativo nacional”, para garantir a autossuficiência alimentar e reduzir as importações e os gastos em divisas.

Discursando sobre o estado da Nação, que marcou a abertura solene dos trabalhos da segunda sessão legislativa da IV Legislatura da Assembleia Nacional angolana nesta segunda-feira, João Lourenço apelou ao investimento no setor agrícola, lembrando as vantagens para o desenvolvimento econômico de Angola fora da esfera petrolífera.

No quadro do Programa de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2018/2022, com grande parte dos financiamentos disponíveis, João Lourenço lembrou as oportunidades de exploração agrícola existentes no país, sobretudo nas zonas rurais, salientando que a aposta vai também ajudar no combate à pobreza e à criação de emprego, garantindo, paralelamente, melhor qualidade de vida às populações.

Nesse sentido, João Lourenço lembrou que estão em curso programas integrados de desenvolvimento local, que, a par de reformas no plano social e educacional, trarão benefícios a médio e longo prazos para as populações mais desfavorecidas.

Na educação, o Presidente angolano destacou os esforços do executivo na criação de condições para melhorar o ensino em Angola, quer através da aprovação do Estatuto da Carreira Docente, quer no estabelecimento das novas regras de procedimento para 20 mil novos professores, quer ainda na construção de novas escolas e na recuperação de outras, para melhorar o rácio professores/alunos e o nível de ensino.

As mesmas medidas estão a ser tomadas no setor da Saúde, em que o Governo aprovou o Regime Jurídico de Enfermagem e da Carreira Médica, estando aberto o concurso para a inserção de 7.000 novos funcionários médicos e de enfermagem, a par dos 33 projetos em 13 províncias que vão permitir construir ou renovar hospitais.

Na área do ambiente, João Lourenço destacou as novas medidas de proteção da biodiversidade em Angola, nomeadamente as relacionadas com espécies em vias de extinção que, sendo símbolos nacionais, necessitam de ser revitalizadas, como a palanca negra gigante, o elefante, o hipopótamo e o rinoceronte.

Para João Lourenço, a questão da juventude está também no “centro das preocupações” do Governo, pelo que apelou aos jovens para se concentrarem no estudo, no desporto e no trabalho, aproveitando as novas tecnologias da informação como ferramenta para assegurar o futuro.

Na cultura, o Presidente de Angola lembrou estar em curso a revitalização do setor, nomeadamente no reforço da política do livro e da leitura, enquanto, na área da comunicação social, saudou o “maior dinamismo da imprensa, mais próxima das populações”, destacando a legislação que irá permitir a abertura de novos canais de rádio e de televisão no país.

O chefe de Estado angolano lamentou ainda a “degradação precoce” de algumas infraestruturas desportivas criadas recentemente, numa alusão aos estádios de futebol construídos para a Taça de África das Nações (CAN), competição que Angola acolheu em 2010, bem como de vários pavilhões multiusos, apelando a “contribuições” da sociedade civil e empresarial para que o problema possa ser ultrapassado.

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