Portugal quer participação conjunta com PALOP em missões militares

Mundo Lusíada
Com Lusa

O primeiro-ministro português, António Costa, definiu em Maputo como um objetivo fundamental dos programas de cooperação técnico-militar com países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP) a participação conjunta das Forças Armadas em missões em vários pontos do mundo.

“Um dos objetivos fundamentais que hoje devemos prosseguir é trabalhar em conjunto e com os demais PALOP para realizar e participar em missões conjuntas em outros pontos de mundo onde é necessário estarmos à disposição, em particular, das Nações Unidas”, defendeu António Costa, numa visita ao Instituto Superior de Estudos de Defesa “Tenente-General Armando Emílio Guebuza” (ISEDEF), integrada na deslocação oficial de dois dias que hoje termina a Moçambique.

O primeiro-ministro apontou a participação das Forças Armadas portuguesas em missões em países africanos como o Mali ou a República Centro-Africana como um exemplo “da mais valia que seguramente representaria no futuro desenvolver estas missões com Forças Armadas” de PALOP.

Costa salientou que “não é por acaso” que, no caso de Moçambique, após a assinatura do Programa Estratégico de Cooperação 2017-2021, em novembro do ano passado, o primeiro programa quadro a ser assinado foi precisamente o da Defesa, em fevereiro.

“Desde há muito damos prioridade à cooperação técnico-militar, no caso de Moçambique desde 1988 (…) Os resultados que temos tido nestes 40 anos têm sido francamente positivos e desejamos reafirmar o nosso compromisso com Moçambique e as suas Forças Armadas”, assegurou.

No ISEDEF, criado em 2011, o primeiro-ministro ouviu um resumo das linhas da cooperação na área da Defesa com Portugal, que tem passado essencialmente pela formação, treino e pela cedência de material militar.

Neste instituto, que tem por missão “assegurar formação contínua dos oficiais do quadro permanente das Forças Armadas”, são lecionados mestrados também abertos a civis, cursos para professores e jornalistas e até um curso de liderança.

Na apresentação, o comandante do ISEFED apontou como um dos principais desafios a construção do ‘campus’ do Instituto.

Cimeira

A XII Conferência de Chefes de Estado e de Governo da CPLP realiza-se em Cabo Verde, na Ilha do Sal, a 17 e 18 de julho.

A Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) candidatou-se a observador associado CPLP e, sendo aprovada a sua entrada, será a primeira organização a ocupar este posto.

“Nós fizemos esta candidatura nos prazos, por volta de abril/maio. Desde que o escritório (da OEI em Portugal) abriu este tem sido um dos grandes objetivos” a realizar pela organização, disse à Lusa a diretora do escritório em Portugal da OEI, Ana Paula Laborinho.

Segundo a responsável, a candidatura à CPLP surgiu “de forma natural”, sublinhando que o escritório em Portugal da OEI só abriu em janeiro de 2018.

“Tenho grande expectativa que a candidatura venha a ser aprovada na cimeira que decorrerá na Ilha do Sal, em Cabo Verde, em meados do mês de julho”, acrescentou.

“(…) Seremos a primeira organização a ser reconhecida pela CPLP como observador associado, o que é muito relevante”, sublinhou Ana Paula Laborinho.

Os observadores associados da CPLP são Geórgia, Hungria, Japão, República Checa, República Eslovaca, República da Maurícia, Namíbia, Senegal, Turquia e Uruguai.

O bloco lusófono tem ainda observadores consultivos, que congregam várias organizações e associações, como a Academia Brasileira de Letras (ABL) ou a Assistência Médica Internacional (AMI).

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