Portugal quer flexibilizar método de trabalho no Conselho de Segurança da ONU

Da Redação
Com Agência Brasil

O representante de Portugal no Conselho de Segurança das Nações Unidas, Moraes Cabral, sugeriu aos demais representantes dos 14 países que integram o órgão mudanças nos métodos de trabalho. A proposta dele é que sejam adotados mecanismos que levem à concisão das intervenções e à transparência de procedimentos. Até janeiro de 2012, Portugal estará na Presidência do conselho.

“O número e a complexidade de situações que o conselho tem de seguir requerem uma capacidade de gestão cada vez mais exigente do seu programa de trabalho. No mundo de hoje, com novas ameaças e desafios, o conselho tem de ser capaz de olhar em frente para poder antecipar crises e dedicar tempo suficiente à prevenção conflitos”, disse Moraes Cabral.

Ele defendeu ainda maior interação do conselho com os demais países que integram o órgão. “A questão, em última análise, é como destacar a autoridade do conselho no sentido de maior responsabilização, compreensão das decisões, participação aberta e processo de decisão eficiente”, disse.

A composição do Conselho de Segurança é tema constante das conversas da presidente brasileira Dilma Rousseff com autoridades estrangeiras. Para o Brasil, é essencial a reforma do órgão, cuja estrutura remete ao período após a 2ª Guerra Mundial.

O conselho é formado por 15 membros, dos quais cinco ocupam assentos permanentes – o Reino Unido, a França, os Estados Unidos, a China e a Rússia. Países cuja economia está entre as maiores do mundo, como o Brasil e a Índia, só têm lugar em assentos rotativos. Para Portugal, é necessário ampliar os debates para garantir maior equilíbrio na agenda de trabalho.

Mark Lyall Grant, representante do Reino Unido nas Nações Unidas, defendeu maior transparência e abertura dos trabalhos e um choque tecnológico. Hardeep Singh Puri, que representa a Índia, foi um dos mais críticos em relação ao que considera privilégios dos países que têm assento permanente no órgão.

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