Portugal é 41º país mais desenvolvido do mundo

Noruega é número 1 em Índice de Desenvolvimento Humano, segundo a ONU. Relatório coloca Brasil em 84º lugar, uma posição acima do ano passado; República Democrática do Congo aparece em última posição.
 
 

Da Redação
Com Rádio ONU em Nova York
 
Um relatório das Nações Unidas revela que a Noruega é o país com o melhor Índice de Desenvolvimento Humano, IDH, do mundo. A nação escandinava é seguida por Austrália, Holanda, Estados Unidos e Nova Zelândia.

Já Portugal ocupa, este ano, o 41º lugar entre os 187 países avaliados no Relatório das Nações Unidas, semelhante a países como Grécia e Hungria. A pesquisa foi divulgada, pela ONU, em 02 de novembro, em Copenhague, capital da Dinamarca.

Um outro índice do relatório do Pnud é a questão de desigualdade de gênero. Neste quesito, o Brasil ficou com a pior nota dentre os países de língua portuguesa no que se refere ao número de mulheres no Parlamento.

As melhores colocações vão para Angola e Moçambique com quase 40% de cadeiras no Congresso ocupadas por parlamentares femininas. Já o Brasil tem apenas 9,6% um pouco menos que a Guiné-Bissau com 10%.

A desigualdade social, como um todo, permanece alta no Brasil. No cômputo geral, o país lusófono com índice mais alto de desenvolvimento é Portugal, que caiu uma posição no ranking global, passando agora ao 41º lugar e o que tem o IDH mais baixo é Moçambique, no sul da África, na posição 184.

No ranking global, a nação menos desenvolvida é a República Democrática do Congo, no centro-sul do continente africano.

De acordo com o “Relatório Desenvolvimento Humano 2011: Sustentabilidade e Equidade, um Futuro Melhor para Todos”, o Brasil ocupa a posição 84 no ranking global dos 187 países pesquisados. A classificação está uma posição acima se comparada ao do estudo anterior quando o Brasil ocupou o 85º lugar. Desde 2006, o país subiu três posições.

Com isso, o país continua no grupo das nações com desenvolvimento alto. A compilação inclui dados sobre saúde, educação, expectativa de vida e renda dos habitantes de cada país.

O estudo do Pnud também chama a atenção para o desenvolvimento sustentável e a desigualdade de gênero. A encarregada de informação do Pnud, Carolina Gomma Azevedo, falou à Rádio ONU sobre os desafios ambientais e a ameaça que eles representam para o progresso global, principalmente entre os países pobres.

Mas segundo ela, com políticas acertadas, os problemas podem ser reduzidos. “O que o relatório fala é que sustentabilidade ambiental pode sim ser alcançada, de maneira mais justa e eficaz, se as desigualdades de saúde, educação, gênero forem enfrentadas todas ao mesmo tempo. Com medidas globais, especialmente com distribuição de energia porque há muitas pessoas que não têm energia hoje, e protegendo os escossistemas.”

Governo brasileiro critica metodologia

Em Brasília, o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência da República, afirmou em 3 de novembro que o governo discorda da metodologia do Programa das Nações para o Desenvolvimento (Pnud) para a composição do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

Carvalho disse que a metodologia para a elaboração do índice – que considera três dimensões fundamentais para o desenvolvimento humano: o conhecimento, medido por indicadores de educação; a saúde, medida pela longevidade; e o padrão de vida digno, medido pela renda – já era questionada pelo governo antes. Segundo ele, o próprio ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva telefonou, pela manhã, para o Palácio do Planalto para falar do assunto, mesmo em recuperação da sessão de quimioterapia que fez dia 31.

“Ele telefonou para falar sobre os números do Pnud. Estava irado, dizendo que era injusto e que o governo tinha que reagir”, disse Carvalho em tom bem humorado. Segundo o ministro, os números brasileiros não são usados para compor o índice. “Com todo respeito, nós temos sempre muita cautela nessa questão. Nós entendemos que vale a pena uma discussão em torno da metodologia que é utilizada. Temos consciência que nossos indicadores sociais cresceram, seguem crescendo.”

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