Portugal apela à cooperação dos empresários em Angola

Mundo Lusíada Com agencias

Miguel A.Lopes/Lusa Portugal

>> CPLP – O Presidente da Republica, Cavaco Silva (C), acompanhado pelo Primeiro Ministro José Sócrates (3D), pelo Presidente de Cabo Verde, Pedro Pires (2D), pelo Presidente de Mocambique Armando Guebuza (D), pelo presidente de Angola, Jose Eduardo dos Santos (3E), pelo Presidente da Guine Bissau, Malam Bacai Sanha (2E) e pelo Presidente de Sao Tome e Princepe, Fradique de Menezes (E) durante a sessão de abertura da VIII Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da CPLP, a decorrer em 23 de julho no centro de convenções de Talatona em Luanda, Angola.

O Presidente de Portugal apelou à participação "ativa" do empresariado português no desenvolvimento econômico e social de Angola. Manifestando-se "claramente surpreendido" com o reforço das relações de cooperação bilateral, o estadista luso, em visita oficial antes da VIII Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo dos Países de Língua Portuguesa em Angola, declarou-se "admirado" com o interesse das autoridades angolanas e "real vontade" de aprofundar as relações de cooperação estratégicas com Portugal.

Segundo Aníbal Cavaco Silva, "esta é uma oportunidade dos portugueses continuarem a contribuir pela diversificação da economia angolana, seja no combate ao despovoamento das zonas do interior, relançamento do tecido industrial, desenvolvimento da agricultura, da pesca, do setor agro-alimentar, da energia", entre outras oportunidades de investimento. "Não devemos esquecer que a paz e a verdadeira reconciliação nacional só chegou a Angola há oito anos, e por isso não temos de nos surpreender pelas coisas que não foram feitas, mas admirar com os esforços empreendidos, apresentando obras que não existiam há cinco anos", enfatizou.

A VIII Cimeira da CPLP decorreu na capital Luanda, sob o lema "Solidariedade na Diversidade". Durante o encontro, foi aprovado a Declaração de Luanda, rubricada pelos Chefes de Estado de Angola, Portugal, Moçambique, Cabo Verde, Guiné Bissau e São Tomé e Príncipe, representante do Brasil e de Timor Leste.

Os chefes de Estado adotaram ainda o plano de ação de Brasília para a promoção, difusão e projeção da língua portuguesa e das declarações de homenagem à poetisa Alda Espírito Santo, ao presidente da Assembléia Nacional de São Tomé e Príncipe e primeiro presidente da Assembléia Parlamentar da CPLP, Francisco Silva, e ao prêmio Nobel de Literatura, José Saramago. Nesta cimeira, Angola assumiu a presidência rotativa da CPLP, por dois anos. Guiné-Equatorial anuncia o português como língua oficial do país.

O presidente da Guiné-Equatorial, Teodoro Obiang, promulgou, em 20 de julho, o decreto que oficializa o português como língua oficial do país, a par do espanhol e do francês. De acordo com o texto da promulgação, a inclusão do português como língua oficial “contribuirá positivamente para aumentar a cooperação no contexto afro-ibérico e luso-hispânico de nações".

A promulgação da lei pelo presidente ocorreu dias antes da reunião dos presidentes e chefes de governo da CPLP. Durante a cimeira, foi discutida a proposta de adesão da Guiné Equatorial como membro pleno da organização. Até ao momento, o país equatorial tem o estatuto de observador.

Declaração pede libertação na Guiné-Bissau Os chefes de Estado e de Governo da CPLP consideram os acontecimentos de 01 de abril na Guiné-Bissau "um grave atentado à ordem constitucional" e pedem a libertação dos detidos. Na Declaração de Luanda assinada durante a VIII Cimeira, os chefes da comunidade lusófona afirmam que "os acontecimentos do 1º de abril constituíram um grave atentado à ordem constitucional e que de imediato foram objeto de uma condenação firme por parte da CPLP".

Para um dirigente moçambicano, é a CPLP que deve contribuir para solucionar crise na Guiné Bissau. A CPLP, a CEDEAO e a SADC são chamadas a desempenharem um papel muito importante na solução da crise, defendeu Mariano Matsinhe, membro do Comitê Central da Frelimo, partido no poder em Moçambique.

O general na reserva afirmou que "é possível que a CPLP consiga ajudar a resolver a crise, conjugando esforços com instituições congêneres regionais, visando tirar o país desta crise sem deixar de enaltecer os esforços das Nações Unidas em prol de uma solução rápida do problema".

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