O Presidente de Portugal apelou à participação "ativa" do empresariado português no desenvolvimento econômico e social de Angola. Manifestando-se "claramente surpreendido" com o reforço das relações de cooperação bilateral, o estadista luso, em visita oficial antes da VIII Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo dos Países de Língua Portuguesa em Angola, declarou-se "admirado" com o interesse das autoridades angolanas e "real vontade" de aprofundar as relações de cooperação estratégicas com Portugal.
Segundo Aníbal Cavaco Silva, "esta é uma oportunidade dos portugueses continuarem a contribuir pela diversificação da economia angolana, seja no combate ao despovoamento das zonas do interior, relançamento do tecido industrial, desenvolvimento da agricultura, da pesca, do setor agro-alimentar, da energia", entre outras oportunidades de investimento. "Não devemos esquecer que a paz e a verdadeira reconciliação nacional só chegou a Angola há oito anos, e por isso não temos de nos surpreender pelas coisas que não foram feitas, mas admirar com os esforços empreendidos, apresentando obras que não existiam há cinco anos", enfatizou.
A VIII Cimeira da CPLP decorreu na capital Luanda, sob o lema "Solidariedade na Diversidade". Durante o encontro, foi aprovado a Declaração de Luanda, rubricada pelos Chefes de Estado de Angola, Portugal, Moçambique, Cabo Verde, Guiné Bissau e São Tomé e Príncipe, representante do Brasil e de Timor Leste.
Os chefes de Estado adotaram ainda o plano de ação de Brasília para a promoção, difusão e projeção da língua portuguesa e das declarações de homenagem à poetisa Alda Espírito Santo, ao presidente da Assembléia Nacional de São Tomé e Príncipe e primeiro presidente da Assembléia Parlamentar da CPLP, Francisco Silva, e ao prêmio Nobel de Literatura, José Saramago. Nesta cimeira, Angola assumiu a presidência rotativa da CPLP, por dois anos. Guiné-Equatorial anuncia o português como língua oficial do país.
O presidente da Guiné-Equatorial, Teodoro Obiang, promulgou, em 20 de julho, o decreto que oficializa o português como língua oficial do país, a par do espanhol e do francês. De acordo com o texto da promulgação, a inclusão do português como língua oficial “contribuirá positivamente para aumentar a cooperação no contexto afro-ibérico e luso-hispânico de nações".
A promulgação da lei pelo presidente ocorreu dias antes da reunião dos presidentes e chefes de governo da CPLP. Durante a cimeira, foi discutida a proposta de adesão da Guiné Equatorial como membro pleno da organização. Até ao momento, o país equatorial tem o estatuto de observador.
Declaração pede libertação na Guiné-Bissau Os chefes de Estado e de Governo da CPLP consideram os acontecimentos de 01 de abril na Guiné-Bissau "um grave atentado à ordem constitucional" e pedem a libertação dos detidos. Na Declaração de Luanda assinada durante a VIII Cimeira, os chefes da comunidade lusófona afirmam que "os acontecimentos do 1º de abril constituíram um grave atentado à ordem constitucional e que de imediato foram objeto de uma condenação firme por parte da CPLP".
Para um dirigente moçambicano, é a CPLP que deve contribuir para solucionar crise na Guiné Bissau. A CPLP, a CEDEAO e a SADC são chamadas a desempenharem um papel muito importante na solução da crise, defendeu Mariano Matsinhe, membro do Comitê Central da Frelimo, partido no poder em Moçambique.
O general na reserva afirmou que "é possível que a CPLP consiga ajudar a resolver a crise, conjugando esforços com instituições congêneres regionais, visando tirar o país desta crise sem deixar de enaltecer os esforços das Nações Unidas em prol de uma solução rápida do problema".
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