Países lusófonos analisam plano de ação para combater tráfico humano

Brasil e países de língua portuguesa vão discutir formas de combater o crime em reunião, na sede da organização em Lisboa, no fim do mês; objetivo é criar um plano de ação para as nações do bloco.

 

Da Redação
Com Rádio ONU

CPLPA Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp, discute, em Lisboa, formas de combate ao tráfico humano, e a aprovação de um plano de ação contra esse tipo de crime, a ser colocado em prática pelos países do grupo.

O secretário nacional de Justiça do Brasil, Paulo Abrão Júnior, está em Nova York, participando de um encontro de alto nível nas Nações Unidas sobre o tráfico de pessoas.

Em entrevista à Rádio ONU, Abrão Júnior contou que se a proposta for aprovada, os países da Cplp poderão trocar informações, promover intercâmbio policial e de processamento de dados.

E falou sobre a contribuição brasileira ao debate. “A grande mensagem do Brasil está expressa na Campanha Coração Azul, nessa sua última edição. O lema é: Liberdade Não se Compra; Dignidade Não se Vende. A partir desses princípios e desses valores orientadores é que nós vamos dialogar com o resto do mundo. Nos países de língua portuguesa, nas últimas duas reuniões dos países da Comunidade, nós tivemos oportunidade de discutir ações concretas para engendrar um plano de ação dos países de língua portuguesa contra o tráfico de pessoas.”

Campanhas
Paulo Abrão Júnior afirmou que os membros do bloco poderão criar campanhas conjuntas e processos de capacitação do sistema de justiça e de polícia entre eles.

O secretário nacional de Justiça falou ainda sobre algumas das ações que os jovens podem realizar na internet e na participação em redes sociais para aumentar a conscientização no combate ao crime.

Paulo Abrão Júnior lembrou que eles podem partilhar informações sobre proteção às vítimas, como evitar que as pessoas sejam aliciadas por organizações criminosas e, principalmente, como denunciar os que praticam o tráfico de pessoas.

“Onde estão os centros de proteção às vítimas, onde buscar informações para evitar que as pessoas sejam aliciadas por organizações criminosas, como denunciar os que praticam o tráfico de pessoas. Nós temos muita esperança de que esta juventude possa engajar-se neste processo de difusão, de conhecimento da matéria do tráfico de pessoas. Em levar adiante as conquistas em termos de liberdades públicas, de afirmação democrática, de defesa dos direitos humanos.”

No Brasil, a maioria das vítimas de tráfico humano são meninas e mulheres na faixa de 14 a 29 anos.

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