Moçambique recebe autoridades de Portugal e África do Sul

Mundo Lusíada
Com agencias

O Presidente de Moçambique, Armando Guebuza (D) cumprimenta o Presidente da África do Sul, Jacob Zuma (E), à chegada para um encontro no Palácio Presidencial, em Maputo, Moçambique, 13 de dezembro de 2011. ANTONIO SILVA/LUSA

O Presidente da África do Sul, Jacob Zuma, esteve em 13 de dezembro em visita oficial à capital moçambicana para aprofundar as relações políticas, econômicas e sociais entre os dois países.

Zuma e o seu homólogo moçambicano, Armando Guebuza, discutiram formas de melhor concretizar a cooperação bilateral em áreas como comércio e investimento, energia, minas, agricultura, comunicações, recursos hídricos, ambiente, artes e cultura e ciência e tecnologia, segundo o comunicado da Presidência.

Ambos os presidentes trocaram pontos de vista sobre questões relacionadas com a cooperação mútua ao nível regional, especialmente no âmbito da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), além de questões que afetam o continente no quadro da União Africana.

Segundo estatísticas oficiais sul-africanas, Moçambique, que é um dos cinco maiores parceiros comerciais de Pretória no continente, importou bens no valor de 15,7 bilhões de rands (1,48 bilhões de euros) da África do Sul em 2010, enquanto o valor total das importações sul-africanas oriundas de Moçambique atingiram no mesmo período um valor anual de 3,7 bilhões de rands (349 milhões de euros).

Durante o dia de terça-feira, Jaco Zuma depôs uma coroa de flores no monumento aos heróis moçambicanos e visitou igualmente o Centro Memorial e Interpretativo do Raid da Matola, e discursou perante o parlamento moçambicano e o Fórum Empresarial Moçambique-África do Sul.

Miguel Relvas

No dia anterior, 12 de dezembro, o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares de Portugal, Miguel Relvas, defendeu em Maputo uma cooperação mais forte com Moçambique, perspectivando para o país africano “um futuro tranquilizador” pelos ganhos que está a alcançar no seu desenvolvimento.

Miguel Relvas realçou o imperativo de uma cooperação com reciprocidade entre os dois países, em declarações a jornalistas, momentos após se encontrar com o primeiro-ministro moçambicano, Aires Ali, no âmbito da visita que realiza a Moçambique.

“Os atos têm de ser mais fortes que as palavras na cooperação. Moçambique precisa da ajuda de Portugal, assim como Portugal precisa de Moçambique”, sublinhou o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares de Portugal.

As relações bilaterais são excelentes mas podem ser mais incisivas ainda, sobretudo no setor empresarial, ao nível das pequenas e médias empresas, bem como na energia e educação, considerou Miguel Relvas.

“Estamos a falar de vários projetos relevantes para os dois países. Conseguiram-se bons resultados na cooperação bilateral, mas há ainda um caminho longo a percorrer”, enfatizou Miguel Relvas.

O ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares abordou igualmente a conjuntura em Portugal, desdramatizando os receios de um abrandamento na cooperação. “A experiência mostra que as crises não são uma fatalidade, podem ser uma oportunidade”, frisou Miguel Relvas.

Miguel Relvas terminou sua visita desde dia 08 mantendo encontros com governantes moçambicanos, visitado a Escola Portuguesa e participado num seminário econômico.

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