Um grupo de técnicos do Ministério Nacional de Obras Públicas de Moçambique trazido por funcionários da Área de Desenvolvimento Urbano da Caixa Econômica Federal (CEF) veio a Embu das Artes na quinta-feira, 4 de dezembro, para conhecer projetos de política habitacional desenvolvidos no município, em especial a produção e aplicação dos tijolos de solo-cimento fabricados pela Prefeitura de Embu, em São Paulo, e empregados na construção de casas.
Os moçambicanos Dino Coutinho, Moisés Mabui, Francisco Barreto, Célio Mugabi e Armando Paulino vieram acompanhados do superintendente regional Fernando Cera e de Luiz Zigmantas, Elias Cunha Neto, Francis Camlot, Melissa Bello e Bruno Yamaoka, da CEF. Embu foi selecionada pelo banco estatal que firmou uma parceria com o país africano para troca de informações em política de desenvolvimento urbano e habitacional.
Atentos, os visitantes viram como é fabricado o tijolo modular de solo-cimento, ecologicamente correto e feito a partir de uma mistura de terra específica e cimento; as prensas manual e hidráulica que dão forma ao material e as casas do Jardim Valo Verde, primeiro projeto habitacional em que ele foi utilizado. O método de construção de Embu “é muito criativo e inovador. As soluções vão ao encontro dos problemas que vocês levantam”, disse o engenheiro moçambicano Armando Paulino, considerando ainda que a tecnologia é adequada para Moçambique.
O arquiteto Geraldo Juncal Júnior, presidente da Pró-Habitação, apresentou dados relativos ao quadro habitacional da cidade. De acordo com levantamento da empresa pública municipal, das 15 mil famílias que moram atualmente em um dos 101 núcleos de favelas, 2 mil foram atendidas com as obras já concluídas ou em andamento. Considerando-se os projetos encaminhados e contratados, estima-se que 7 mil famílias serão beneficiadas, reduzindo em cerca de 50% o déficit habitacional de Embu. Apesar do tijolo em si ser mais caro, a casa tem um custo final reduzido por ser feita em processo de mutirão, dispensar revestimento e ter instalações elétricas racionalizadas. Os sobrados de 41m² construídos no Jd. Valo Verde, por exemplo, custam em torno de R$ 12 mil.
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