Macau: Festa da Lusofonia é prova que relação com Portugal está viva

Por Agencia Lusa

ECARMO CORREIA/LUSA

>> Festa da Lusofonia em Macau – Cerimônia de abertura contou com a atuação do grupo brasileiro de capoeira, AXE, em Macau, na China, 24 de Outubro de 2009.

A Festa da Lusofonia celebra a relação que “permanece viva” entre Portugal e Macau e reforça o papel do território como plataforma entre a China e os países lusófonos, afirmaram o embaixador e cônsul de Portugal.O embaixador de Portugal em Pequim, Rui Quartin Santos, e o cônsul-geral de Portugal em Macau, Manuel Carvalho, participaram neste 24 de outubro, pela primeira vez, na Festa da Lusofonia, que consideram dever-se repetir por muitos anos pela importância que assume no estreitamento dos laços entre os países de língua portuguesa e a China.“É uma festa muito importante porque trata-se de uma manifestação da nossa relação cultural com Macau, que enquanto plataforma entre a China e os países de língua portuguesa tem também no setor cultural uma das áreas mais importantes para exercer esse papel”, disse à Agência Lusa Rui Quartin Santos.Para o embaixador, as relações culturais assumem também uma “função importante” na manutenção e consolidação dos vínculos entre a lusofonia, Macau e China.Manuel Carvalho constatou que a Festa da Lusofonia é também uma “festa da partilha, uma maneira popular, acessível e divertida de celebrar e lembrar que a relação do passado entre Portugal e Macau está viva”. “Nesta festa, nós, portugueses e gente que fala português, fazemos o que sempre fizemos, que é estar no mundo de portas abertas aos outros, mostrando o nosso melhor”, acrescentou.A 12ª edição da Festa da Lusofonia, organizada pelo Instituto dos Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) e pelos Serviços de Turismo de Macau, decorreu até domingo, na ilha da Taipa, com expositores de todas as comunidades lusófonas radicadas em Macau, que dão a conhecer a cultura, sabores e hospitalidade de cada canto do mundo onde se fala português.A presidente substituta do conselho de administração do IACM, Cecília Cheung, disse à Lusa na abertura oficial da festa que o objetivo é “agradecer a contribuição das comunidades lusófonas para Macau, proporcionando um verdadeiro encontro de culturas, que permitem a afirmação da especificidade cultural e identidade do território”.Em resposta às críticas da comunidade sobre a dimensão do evento, a responsável defendeu que “não é a dimensão que está em causa, mas o sucesso da festa que é crescente”.Cecília Cheung justificou ainda a decisão de fazer coincidir a Festa da Lusofonia com a Feira Internacional de Macau com o objetivo de se “atrair mais visitantes e de promover o intercâmbio cultural com os participantes da feira, a maioria oriundos da China continental”.Na Festa da Lusofonia foi ainda inaugurada uma mostra coletiva de artistas contemporâneos de Moçambique, com 33 obras de Manuel Santos Maia, Manuela Cruz, Roberto Chichorro, Vênia Chin Sene e Xaneca, facultadas por uma galeria de Lisboa, que, segundo o embaixador de Moçambique em Pequim, António Inácio Júnior, representam a “luta de libertação e a alegria que o país sente atualmente”.Na noite do dia 24, subiram ao palco os portugueses Quinta do Bill, e no dia seguinte, os angolanos Mercado Negro. Outros grupos como as bandas da Escola Portuguesa de Macau, o folclore de Goa, Damão e Diu, o sapateado, a percussão, a música de Macau e uma banda brasileira também participaram das noites do fim-de-semana.

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