Guiné-Bissau prepara-se para Consolidação da Paz

Comissão lida com países pós-conflito; Brasil escolhido para coordenar trabalhos.

Da Rádio ONU

 

Começou na segunda-feira na sede da ONU, em Nova York, o primeiro encontro de preparação para a entrada da Guiné-Bissau na Comissão de Consolidação da Paz.

A participação do país no grupo, especializado em nações pós-conflito, foi aprovada pelo Conselho de Segurança em dezembro.

O Brasil foi escolhido para coordenar os trabalhos da comissão sobre a Guiné-Bissau após consultas com o país africano.

O vice-chefe da Missão do Brasil junto à ONU, Piragibe Tarragô, disse nessa entrevista, antes da reunião, que o governo brasileiro apóia os esforços de reconstrução da Guiné.

"É uma comissão que, inclusive, presta assistência ao Conselho de Segurança. Ela vai examinar, e o Brasil vai trabalhar nesse sentido, para que obtenha esse resultado. Ela vai examinar a situação política, institucional e de segurança da Guiné-Bissau, buscar identificar as causas principais da instabilidade permanente naquele país, que há vários anos vem tendo problemas de instabilidade política, e buscar as soluções para esses problemas", disse.

A Guiné-Bissau passará a integrar o grupo após a entrada do Burundi e de Serra Leoa.

CombateO embaixador disse também que um dos temas a ser tratados pela Comissão de Consolidação da Paz é o combate ao narcotráfico.

A ajuda internacional foi pedida também pelo presidente do país, João Bernardo Nino Vieira, em setembro passado, na Assembléia Geral.

"O próprio Conselho de Segurança, ao solicitar o apoio da Comissão de Consolidação da Paz, mencionou essa questão como uma das mais importantes a serem tratadas. Assim que a Comissão voltar para examinar a situação de Guiné-Bissau, vamos examinar esse caso com bastante cuidado, bastante atenção, e vamos buscar as soluções para isso", disse.

Numa videoconferência em dezembro, o ministro da Defesa da Guiné-Bissau, Marciano Silva Barbeiro, disse que seu país obteve progressos após o fim do conflito, mas a situação político-econômica ainda permanece frágil.

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