Governo de Portugal cria linha de crédito de 500 ME para empresas em Angola

Da Redação

MinistroEconomiaAntonioPiresLimaO governo português anunciou a criação de uma linha de crédito de 500 milhões de Euros para empresas com negócios em Angola.

“Depois de se reunir com o Conselho Estratégico para a Internacionalização das Empresas, o Governo entendeu que é importante avançar com uma linha de crédito com garantias mútuas para ajudar as empresas portuguesas com presença em Angola a gerir o seu fundo de maneio neste momento mais exigente que este país atravessa”, afirmou o Ministro da Economia, António Pires de Lima, em conferência de imprensa.

Segundo ele, esta se trata de uma medida conjunta dos Ministérios das Finanças e da Economia, vocacionada para ajudar empresas de pequena e média dimensão (PME), no valor de 500 milhões euros, e permitirá a concessão de empréstimos com maturidade até dois anos. O seu período de carência é de 12 meses, e cada PME terá uma utilização máxima de um milhão e meio de euros.

“Este montante máximo por empresa decorre da necessidade de não sermos acusados, pelas autoridades europeias, de ajudas indevidas de Estado às empresas”, explicou António Pires de Lima.

O Ministro concluiu afirmando que “a operacionalização desta linha de crédito será feita mediante a assinatura de protocolos entre o Governo e a banca comercial. Para um empresário, o processo não é novo face ao que é a sua relação com a banca comercial. Esta linha de crédito terá um custo que não será muito diferente dos que têm as linhas PME, cujos spreads variam entre os 2% e os 4%”.

Em 01 de abril, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, declarou que o Governo estuda soluções e em breve anunciaria medidas de apoio às empresas portuguesas que exportam ou têm presença em Angola.

Durante o debate quinzenal, no parlamento, Passos Coelho disse que o executivo PSD/CDS-PP não ignora “o que se está a passar em Angola” e está a trabalhar com o Governo angolano nalgumas soluções que não dependem somente de Portugal, e que “no passado já provaram em circunstâncias parecidas que podem sustentar algumas garantias para empresas portuguesas”.

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