Estudo sobre drogas menciona Brasil e países lusófonos africanos

Por Leda Letra
Rádio ONU em Nova Iorque

A presidente Dilma Rousseff faz o discurso de abertura da 67ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. Foto: Roberto Stuckert Filho/Presidência da República

O Relatório Mundial sobre Drogas de 2013 refere que África emerge como destino para o tráfico e produção de substâncias ilícitas, apesar de dados escassos sobre o continente.

O lançamento do documento do Escritório da ONU sobre Drogas e Crime, Unodc, foi feito no Dia Internacional contra o Abuso e o Tráfico de Drogas, assinalado nesta quarta-feira.

Numa mensagem alusiva à data, o Secretário-Geral, pediu aos governos, aos meios de comunicação e a sociedade civil que façam o possível para alertar para os danos causados pelas drogas.

Ban Ki-moon disse pretender que o alerta sirva também para evitar que haja lucro com o negócio ilegal.

Lusófonos

O documento refere que sete países africanos, incluindo Angola e Cabo Verde relataram a emergência de novas substâncias psicoativas, NSP.

Em Moçambique, a apreensão da erva cannabis subiu de três toneladas em 2010 para 32 toneladas em 2012.

Já Portugal é tido como o terceiro país do mundo com as maiores médias de prevalência do uso de tranquilizantes e sedativos, atrás dos europeus Estónia e da Noruega.

Trânsito

Em todo o mundo, o uso de drogas tradicionais é considerado estável. O Brasil aparece no estudo como ponto de trânsito da cocaína traficada que segue para a África e a Europa.

A agência da ONU acredita que os “laços linguísticos e culturais” com Portugal e países lusófonos africanos têm papel importante, já que a maior parte das remessas de cocaína apreendidas em Portugal eram provenientes do Brasil.

O Unodc afirma que a erva cannabis continua sendo a substância ilícita mais utilizada no mundo e fala em um “aumento alarmante” de novas substâncias psicoativas, NSP, comercializadas como “drogas lícitas” ou “designer drugs”.

O Unodc está pede  ação para impedir a fabricação, o tráfico e abuso das substâncias, que não passam por testes de segurança, podem ser compradas até na internet e ainda não estão sob controlo internacional.

O documento destaca oaumento em mais de metade nos tipos das substâncias, que ultrapassam as 250.

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