Especialista pede maior presença lusófona no debate sobre comércio de armas

Em entrevista à Rádio ONU, em Nova Iorque, António Évora defende que conflitos e questões ligadas à violência armada têm afetado maioritariamente África.


Por Eleutério Guevane
Rádio ONU em Nova Iorque

Um especialista das Nações Unidas expressou preocupação com a fraca participação de países africanos de língua portuguesa nos debates sobre o tratado sobre o comércio internacional de armas.

No fim de semana, decorreu a conferência internacional sobre o tema, que reuniu 193 Estados-Membros da ONU, com vista a regulamentar as armas convencionais no âmbito da organização.

Em entrevista à Rádio ONU, em Nova Iorque, António Évora, especialista sénior para Assuntos de Desarmamento enumerou as razões para uma maior participação africana nos debates.

“Por causa dos conflitos armados que tem afetado África mas também porque há questões ligadas à violência armada, ao crime, tudo tem a ver com o desvio de armas para gangs e grupos criminosos, é lamentável que não haja participação os países não tenham marcado presença numa nota positiva Timor-Leste tem estado presente e tem estado presente a acompanhar as discussões”.

Comércio

A ONU defende que a disponibilidade e o uso indevido de armas estejam por detrás da violência armada. Évora falou do desempenho do Brasil e de Portugal nas negociações que duraram duas semanas.

“Portugal, por exemplo, está completamente alinhado com a posição da União Europeia, vigorosamente favorável a um tratado forte e o Brasil tem sido sempre a favor de um tratado sobre o comércio internacional de armas, com algumas observações e preocupações como é normal”, explicou

Em 2010, cerca de 27,5 milhões de pessoas foram deslocadas internas como resultado de conflitos, que levaram outros milhões a buscar refúgio no exterior.

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