Empreendedorismo no feminino “é central” para desenvolvimento sustentável

Da Redação
Com Lusa

O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Portugal defendeu nesta semana que o empreendedorismo no feminino “é central” para o crescimento e desenvolvimento sustentável, pelo que têm de ser ultrapassados obstáculos, como o do acesso ao financiamento pelas mulheres.

“O empreendedorismo no feminino é absolutamente central, para mais inclusão social e mais inclusão econômica, para criar emprego e promover o crescimento e o desenvolvimento sustentável”, afirmou Francisco André.

O governante falava num ‘webinar’ sobre o tema “O acesso ao financiamento pelas mulheres da CPLP”, promovido dia 09 em conjunto pela União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA), pela Sofid – Sociedade para o Financiamento do Desenvolvimento e pela Federação das Mulheres Empresárias e Empreendedoras da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Por isso, o secretário de Estado acrescentou: “Traduz-se num eixo que é transversal da cooperação portuguesa. Está presente em todos os nossos programas e projetos, assimilando esta abordagem nos nossos programas estratégicos de cooperação que assinamos com os nossos países terceiros”.

Portanto, “a dimensão da igualdade de gênero está sempre presente naquilo que é o investimento de Portugal na cooperação” sublinhou.

Na opinião do secretário de Estado, hoje todos devemos estar de acordo que “sem o pleno reconhecimento da igualdade entre mulheres e homens das mais diversas nações não há sociedades justas nem sociedades prósperas”.

“É fácil para todos compreendermos que sem melhorarmos as condições e os mecanismos de acesso das mulheres ao financiamento vai tornar-se impossível nós termos alguns daqueles que são os nossos objetivos fundamentais [definidos na agenda 2030], erradicar a pobreza, acabar com a fome e insegurança alimentar e (…) assegurar o crescimento e desenvolvimento econômico sustentáveis com um trabalho decente para todos”, defendeu.

“É impossível também ter uma industrialização que seja inclusiva, ter uma redução das desigualdades e ter sociedades que sejam mais pacíficas”, considerou.

Para isso, defendeu que é preciso “haver progressos” no acesso ao financiamento pelas mulheres “através de ações concretas” e ultrapassar os obstáculos que a este nível se colocam às empreendedoras, nas mais diversas frentes “seja na literacia financeira, nos riscos de incumprimento, nos obstáculos legais ou na dificuldade em prestar garantias”

Assim, saudou o protocolo assinado entre a Sofid e a Federação das Mulheres Empresárias da CPLP. “É uma aliança que, do nosso ponto de vista, permite combinar aquilo que é o respaldo financeiro com os benefícios do trabalho em rede”, afirmou.

Por isso, este protocolo “é o tipo de ação que nos deve mover enquanto agentes”, sublinhou Francisco André, relembrando que a pandemia de covid-19 “veio limitar ainda mais a autonomia financeira das mulheres.”

O ‘webinar’ abordou temas como a igualdade de gênero, a capacitação e literacia financeira das mulheres, a promoção do investimento privado e os desafios no acesso ao crédito nos países da CPLP.

A CPLP integra os seguintes Estados-membros: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

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