Em Angola, partido do presidente obtém maioria das cadeiras do Parlamento

Mundo Lusíada
Com agencias

O Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido do presidente José Eduardo Santos, há 33 anos no poder, venceu as eleições gerais no país, segundo dados preliminares divulgados pela  Comissão Nacional Eleitoral. O MPLA obteve 84,7% dos 72% dos votos apurados. No total, 8,2 milhões de eleitores foram às urnas em 31 de agosto. Eles escolheram 220 deputados.

Desde a independência de Angola em 1975, o MPLA está no poder. Desde 2010, as eleições para presidente são indiretas. Os deputados é que escolhem o presidente. A Unita obteve o segundo lugar em número de cadeiras no Parlamento. Mais de 60 partidos políticos lançaram candidatos.

De acordo com a Constituição aprovada há dois anos, Santos foi automaticamente reeleito presidente da República por ser o número 1 da lista do partido. O vice-presidente eleito é Manuel Vicente, ex-presidente da petrolífera estatal Sonangol, que era o número 2 da lista do MPLA.

Em referência aos resultados provisórios das eleições gerais, publicados pela Comissão Nacional Eleitoral, que dão larga maioria ao MPLA, o líder prometeu “tudo fazer e usar todas as forças que estiverem ao seu alcance” para garantir a aplicação do programa eleitoral do seu partido e a execução de todas as políticas públicas, em prol da melhoria da qualidade de vida de todos os angolanos.

Uma missão de observadores estrangeiros acompanhou as eleições em Angola. O chefe da missão da União Africana, Pedro Pires, ex-presidente de Cabo Verde, disse que as eleições ocorreram em conformidade com a Declaração de Durban. De forma semelhante manifestou-se a missão de observadores da  Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Presidente de Portugal

Em 04 de setembro, o Presidente português enviou uma mensagem de felicitações ao Presidente eleito da República de Angola, José Eduardo dos Santos.

“Por ocasião das eleições gerais da República de Angola do passado dia 31, quero expressar-lhe, em nome do Povo Português e no meu próprio, felicitações e votos de sucesso no exercício das altas funções que foi chamado a desempenhar pelo povo angolano” declarou Aníbal Cavaco Silva.

“A forma como decorreu o processo eleitoral é testemunho do espírito cívico e da maturidade democrática do povo angolano, que expressou, de forma inequívoca, a sua confiança em Vossa Excelência para exercer a mais alta magistratura de Angola. Uma vez mais, o povo angolano manifestou a sua determinação na consolidação da paz e da estabilidade, indispensáveis ao progresso social e econômico do país”.

Cavaco afirmou ainda que espera “renovadas oportunidades” no laço de amizade e cooperação entre os dois países, citando o contributo da numerosa comunidade portuguesa que vive e trabalha em Angola, bem como da comunidade angolana que vive e trabalha em Portugal.

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